Enfrentando desafios profissionais

Não gosto do que faço, mas não tenho ideia do que poderia fazer (parte 1)

por Lala Évan

29.01.2020

Em um de meus artigos anteriores, eu estava muito interessada em trazer as mulheres para o foco “investimentos”, e o intitulei de O Investidor do Futuro. Mas, em seguida, me deparei com causas-raízes, que transformam indecisões em verdadeiros abismos, contribuindo para que o propósito de mudar de vida não aconteça. Depois de várias análises, e em contato com várias mulheres, decidi escrever sobre “A Arte de Investir”.

Ali, deixei a dica de que nos próximos 10 artigos iremos abordar tópicos onde trago dificuldades de pessoas em encontrar um novo caminho financeiro, bem como situações que as fizeram entender que nem mesmo as pressões sociais sofridas de todos os lados devem ser um fator limitante.

O que vou escrever abaixo é a minha interpretação, a partir de experiências que senti na pele. Os cenários de insegurança e descontentamento com o que se faz são os mais variados. No meu caso, fui discriminada pela idade, de forma sutil e velada, mas fui. Ao sair de uma empresa após 34 anos de trabalho, percebi que o ciclo no mundo corporativo tinha se encerrado para mim e para meus conhecimentos adquiridos.

Existem pessoas que, desde a sua escolha de carreira lá atrás, na juventude, não sabiam o que fazer e deixaram que terceiros decidissem por elas. Assim, não conseguiram mudar no meio do caminho, e hoje fazem parte desse público indeciso.

O que sugiro para você que está enfrentando esse desafio, é virar especialista de si mesmo, fazendo as seguintes perguntas:

    • O que você gosta de fazer?

    • Quais são seus valores?

    • Quais as experiências que você viveu?

    • No que você é naturalmente boa?

    • O que você faz que quando vê, o relógio já girou loucamente?

    • O que realmente importa para você?

Muitas destas perguntas são de difícil resposta, mas você tem que ter um pensamento crítico sobre sua própria vida. O que deu certo e errado nos últimos tempos? O que você gostaria de ter feito diferente? Tais respostas podem ajudá-la a encontrar algo que você gosta, algo que tem significado para você.

A primeira vez que busquei essas respostas, achei o processo muito desgastante. A sensação é de que estamos revirando gavetas, procurando algo que não sabemos o que é. Mas quando encontramos esse algo, o sentimento de alívio compensa qualquer busca.

Um dia, assistindo a um filme, me deparei com uma cena onde o rapaz vinha nadando no mar todo torto, parecia que tinha alguma coisa errada com ele. Quando chegou na areia, duas pessoas o pegaram e o colocaram na sua cadeira de rodas.

Ele comemorou efusivamente. Era cadeirante, não tinha o movimento das pernas, mas completou a travessia. Quantas pessoas disseram que ele não conseguiria, que morreria tentando? Depois de completar a façanha, percebi que ele transformou, em sua mente, uma velha crença do que parecia ser impossível.

Quebrou uma barreira mental que nós colocamos para nós mesmos, ou outros colocam, de que algo não dá para ser feito. Não estou dizendo para você ser um atleta olímpico, mas sim tentar constantemente ultrapassar seus limites, forçar um pouco e ir além do que você consegue. Isso muda a nossa mente de forma a aceitarmos mais desafios, a termos menos medo, a arriscarmos e confiarmos que as coisas não são impossíveis.

A partir daquele momento, passei a buscar conhecimento, e como não tinha dinheiro para investir em mim mesma, busquei vários cursos online gratuitos, no intuito de me atualizar, até para saber escolher o que tinha condições de fazer dali em diante.

Nessa jornada, conheci o mercado de multinível e várias novas literaturas, onde o foco é o autofortalecimento. Nesse período, registrei várias frases, e uma delas que faz muito sentido para mim é:

Você é a média das 5 pessoas com quem mais convive" - Jim Rohn.

No próximo artigo falarei a respeito dessa tomada de consciência em nossas vidas.

Aqui quem vos escreve é uma ex-coordenadora do universo corporativo, ex-empreendedora do varejo e hoje consultora estratégica de negócios e branding. Como dizem minhas netas, estou na pré-maturidade.

Acompanhe nossas próximas edições.


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