Direto ao Ponto: Tirando da sombra os invisíveis

Entrevista: Anair Novaes

por Lala Évan

12.11.2020

Eleições de 2020, aqui todos contam. Vamos dar voz a alguns candidatos com poucos recursos para concorrem às eleições para vereadores de São Paulo.

O Cidadão e Repórter, no cumprimento de sua missão de informar com total imparcialidade, está disponibilizando um espaço para ouvir os candidatos que estão na jornada das próximas eleições de 2020 na cidade de São Paulo. Traremos entrevistas de candidatos que nem sempre contam com recursos, quer sejam próprios ou de seus partidos, e costumam atuar localmente, conhecedores que são dos principais problemas de suas comunidades.

A nossa entrevistada é Anair Aparecida Novaes, ​ professora, aposentada é natural de São Paulo - SP.

Dedicou-se, até iniciar a sua candidatura, ao programa de rádio "Cantando lá de Casa".

Candidata a Vereadora pelo Partido Comunista Brasileiro, PCB, em São Paulo N. 65999,​ sendo a primeira vez que concorre a um cargo público.

Também participou como coordenadora de Projetos Especiais na Coordenadoria da Educação do Itaim Paulista, fomentando políticas educacionais, assim como forte atuação e desempenho em projetos Afro, em muitas perspectivas, seja na cultura, conscientização e empreendedorismo.

Sobre sua visão de política na cidade de São Paulo, comenta que já havia sido convidada anteriormente e sentia-se capacitada tecnicamente dada sua própria experiência. Porém, informou que compreendia o quanto demandaria de tempo e dedicação, e só após ter cumprido sua jornada no ensino, resolveu seguir dedicando-se a ser porta voz de muitos que ela entende poder ajudar. Foi quando, após muitas análises e reflexões, aceitou o convite do partido, que em sua opinião vinha de encontro aos seus propósitos de ajudar pessoas.

Anair conceitua que o papel do vereador é ser fiscalizador do orçamento público da cidade de São Paulo propondo projetos de lei para a sociedade.

Quanto às propostas mais relevantes da sua campanha comenta, que é a educação o carro chefe da sua campanha, até mesmo em função de toda a sua trajetória profissional. Trazendo o olhar para o atual cenário que a pandemia colocou com lentes de aumento, destacando-se a questão da desigualdade, onde entra em cena o ENEM, que na sua concepção, não deveria ser realizado no mês de Janeiro de 2021, pois traz evidente prejuízo às populações mais carentes, impactando na vida das pessoas.

Entende a cultura como poder de transformação atrelando a isso, o desenvolvimento sócio-econômico cultural, embasado na sustentabilidade da família principalmente periférica.

Um olhar para os povos indígenas faz parte de seus objetivos. E, por ser uma mulher negra, a questão racial também está pautada nas políticas igualitárias, fazendo parte da sua proposta de governo dando voz a quem mais precisa.

Com uma bagagem imensa em projeção e implantação de projetos sociais, o que ajudará muito em suas futuras análises de viabilidade, pontuou algum deles que trouxe muitos resultados, tais como: Projeto Africanidade com oficinas desenvolvidas nos CEUS, Projeto junto o Instituto Sou da Paz, criando assim o Centro de referência Igualdade Racial e o Projeto Empreendedorismo Afro para dentro da cidade de São Paulo com foco no desenvolvimento econômico, ampliando redes de atuação de muitos microempreendedores.

Apesar de não ter a experiência em política, tem plena consciência de que estar na câmara municipal não será tranquilo. Mas ao seu entendimento muitas políticas públicas já foram pensadas, mas há uma constante descontinuidade. Não tem pretensão de " inventar a roda", mas sua proposta é ter o diálogo com os territoriais e levantar quais políticas concretas devemos investir tempo, como vereadora de portas abertas.

Finalizou dizendo : "Não seja um aventureiro nesta eleição, pense em quem vai votar"


Revisão: Maite Ribeiro

Assista a entrevista: