EVENTOS ‣ Palestra

Palestras do II Encontro Intergeracional e V Idosos em ação 60+

por Cleo Brito e por Lala Évan

07.10.2020

Nesta segunda-feira, cinco de outubro, iniciou-se o II Encontro Intergeracional e o V Idosos 60+ patrocinado pelo programa de pós graduação em Ciências do Envelhecimento da Universidade São Judas Tadeu (UFST), em parceria com o Instituto Ânima, com a Liga Interdisciplinar da Saúde no Envelhecimento (LISE) e o Projeto de extensão Sênior para a Vida Ativa - Curso de Ed. Física.

05/10/20 - Palestra de abertura - Tema: Os processos do bem viver e a relação entre as gerações

por Cleo Brito

Os trabalhos foram abertos pela coordenadora do programa de pós graduação em Ciências do Envelhecimento, Adriana Machado Saldiba, que informou que o tema principal do evento deste ano será “Uma sociedade que valoriza o saber ancestral é uma sociedade de todos”

A palestra de abertura ficou a cargo de Liliam Ferreira Manocchi, graduada em pedagogia, matemática e mestre em filosofia que abordou o tema “Os processos do bem viver e a relação entre as gerações”.

A palestrante fez uso de crônicas, músicas e citações de filósofos, esclarecendo que sua palestra deve ser vista através de uma ótica de vivência e reflexão pessoal.

Segundo Liliam, o bem viver está em como se lida com as situações, que é muito mais emocional do que racional. “A diversidade pela forma diferente é o que as pessoas tem que ver. Não existe receita”.

Referindo-se à relação intergeracional, dentro da perspectiva do bem viver a palestrante questionou:

“É melhor modificar sempre aquilo que pensamos sobre alguma coisa ? ou

É melhor manter as convicções inabaláveis ? ou

É melhor o meio termo ?

É difícil avaliar se a decisão tomada hoje trará sofrimento mais adiante. Nem toda pedra no caminho conseguimos afastar, às vezes precisamos deixá-la ficar e aprender a contorná-la.

Se estiver ao seu alcance o poder da escolha, opte pelo bom e pelo bem.

Ao finalizar, Liliam deixou uma mensagem dizendo que: “ o intergeracional representa o afeto, o vínculo e o olhar para o outro e o sofrimento faz parte, mas as boas memórias tem que estar sempre ativas em nossa mente. Basta acessar os arquivos da vida”.

06/10/20 - Palestra: Empreendedorismo dos 8 aos 80 anos

por Lala Évan

No segundo dia de rodada do II Encontro Intergeracional e V Idosos em Ação, nesta terça feira, 6 de outubro, foi a vez do tema Empreendedorismo Intergeracional, com o título “Empreendedorismo dos 8 aos 80.

Na mesa de conversa online mediada pelo professor Frederico Cidral da São Judas, falaram os convidados Maurício Escobar, da Ânima Educação; Salvadore Antonio Politano, da Sapori della Nonna e André Ramalho, estudante de administração da São Judas, os quais concordaram que empreender é decidir ser protagonista de suas vidas.

Ao analisar o cenário intergeracional, onde hoje não cabe o preconceito, mostraram-se experiências vividas, demonstrando que todos podem, desde que tenham o seu "Por quê".

Cidral abriu a roda de conversa convidando o Sr. Politano, 61 anos, que contou sua jornada empreendedora, estando há 50 anos no segmento do ramo de alimentação. Politano informou que, por conta da crise de mercado, sua empresa que tinha 50 funcionários, passou por um processo de mudança, tendo que se reconstruir. Esclareceu, no entanto, que uma das marcas do empreendedor é a reinvenção; ele passou a criar no segmento de antepastos e, chegando a pandemia, novo desafio se apresentou. percebendo que o produto seria o mesmo, mas o foco teria que ser o público da Internet.

“O que me motiva a empreender, é essa busca constante do novo, de melhorias, de um diferencial, da importância de poder ter o olhar para o outro. Seja perseverante, tenha fé e acredite naquilo que está fazendo”.

Escobar, representante da Ânima Educação, hoje com 45 anos, iniciou sua jornada no mundo corporativo com amigos da faculdade, que contou com o apoio do reitor que tinha 75 anos. Essa união permanece até os dias de hoje.

Escobar disse que suas atividades propiciam o convívio com várias pessoas, gerando histórias belíssimas de empreendedores que serviram como verdadeiras inspirações.

Alertou para que o empreendedor não caia nas armadilhas do sucesso, pois isso pode alterar toda energia que originou sua história.

Em resumo, disse que “o empreendedorismo é um risco constante, mas tem que ter atitude perante a vida, não se limitando à idade para empreender”.

Quando passaram a palavra para Ramalho, representante da nova geração, o mesmo informou que apesar dos seus 19 anos, desde a infância incentivado pelo pai, passou a usar a criatividade para gerar renda e obter coisas materiais. Compreendeu que tudo depende do seu esforço. Sua primeira experiência no mundo corporativo, foi quando estagiou e não se identificou com o trabalho. E, sem perceber, com a compra de um celular, enxergou uma oportunidade no mercado deste segmento, e está até o momento numa atividade que, segundo ele, só tende a evoluir.

Em suma, disse que a vontade de empreender nasceu de uma situação de infelicidade do trabalho em que estava e da necessidade de dinheiro. Em pouco tempo a situação mudou ao flagrar o olhar de felicidade do seu cliente ao conquistar o celular que sempre sonhou.

O jovem representante da nova geração de empreendedores deixou ainda uma última dica: “ empreender é ter horário para acordar e não ter hora para dormir. Não fique no mundo das ideias; tenha atitudes, fé e vontade de trabalhar”.