Trabalho remoto x Pandemia

Cleo Brito

24.02.2021

Com a necessidade do isolamento social, o trabalho a distância, ou home office, transformou-se em uma rotina. Uma prática que já existe há tempos, porém, tomou proporções maiores em virtude do avanço da pandemia, levando algumas empresas a rever estratégias para possibilitar a continuidade de suas atividades no mercado.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) divulgou um estudo sobre o trabalho remoto no país durante a pandemia de Covid-19. Em novembro de 2020, o percentual de pessoas em home office seguiu em redução, atingindo 7,3 milhões de pessoas trabalhando remotamente, o que representa 9,1% dos 80,2 milhões de ocupados e não afastados. A remuneração desses profissionais resultou em R$32 bilhões, que corresponde a 17,4% dos R$183,5 bilhões da massa de rendimentos efetivamente recebida por todos os ocupados no país. No mês de outubro, 9,6% das pessoas ocupadas e não afastadas foram responsáveis por 18,5% da massa de rendimentos.

Na distribuição da massa de rendimentos por atividade, 30% da massa de rendimentos foi gerada por pessoas no setor de serviços que não estavam em home office, 16,4% no setor público, 14,7% na indústria e 10,7% no comércio. Como as pessoas em trabalho remoto foram responsáveis por 17,4% da massa em novembro, pode-se dizer que a contribuição delas é similar à registrada pelos trabalhadores da indústria ou do setor público.

A maior concentração de pessoas trabalhando remotamente permanece no Sudeste (58,3%). Estudo mostra que Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo tiveram os maiores percentuais de profissionais em trabalho remoto. Em contrapartida, os menores percentuais foram observados no Pará (3,1%), no Amazonas (3,5%) e no Mato Grosso (3,8%).

Embora venha diminuindo desde então, a fatia das pessoas que trabalham de maneira remota deve continuar expressiva, mesmo depois de passada a pandemia.

Fonte: Ipea.gov.br

Revisão ortográfica: Geyse Tavares


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