Anime - o mundo da animação japonesa


Com a paixão desenfreada por animações japonesas, colocamos na nossa sociedade uma presença constante da cultura japonesa, uma cultura muito diferente da nossa e que veio do outro lado do mundo.


Lelyane Martins

29.06.2021
Imagem disponivel na Internet

Se você foi uma criança dos anos 90 certamente consegue se lembrar de alguns desenhos que passavam em canal aberto, entre eles Dragon Ball (Toriyama Akira) que se mantém e é constantemente atualizado até hoje, Pokemon, Sailor Moon (Takeuchi Naoko), Sakura Card Captors (Clamp), entre centenas de outros.

Se você pensa serem apenas desenhos, está enganado. Com essa paixão desenfreada por animações japonesas, colocamos na nossa sociedade uma presença constante da cultura japonesa, uma cultura muito diferente da nossa e que veio do outro lado do mundo.

Voltando para o ano de 2021, quase todos já tem ciência do que é um anime e o que é uma animação comum. Animes tem suas características específicas, assim como os mangás (lidos da direita para esquerda), e por terem tantos gêneros acaba agradando diversos públicos.

A nossa geração que se aproveitou de Dragon Ball, hoje certamente já assistiu Naruto ou One Piece, que são animes do fim dos anos 90 quando começados a lançar.

A questão é: os animes estão passando por um boom?

A resposta pode ser um talvez. É verdade que seus telespectadores estão aumentando, e as produções de animes também está aumentando exponencialmente, de forma que lançamentos viraram realmente “save the date”, como quando a última temporada de Attack on Titan foi lançada.

Não somente seus lançamentos, mas sua rede de dados e informações sobre animes virou uma comunidade gigantesca. Há centenas de grupos no Facebook sobre animes em geral, ou grupos fechados sobre animes específicos, lá ocorre troca de informações, divulgação de datas e até, às vezes, brigas. Não só o Facebook, mas no Telegram há canais para postar episódios, vários sites foram feitos para postar animes, de forma que ocorra uma democratização para aqueles que não podem pagar streaming como Crunchyroll.

Essa indústria se mantém firme e forte, pois gera muito lucro: capinhas de celular, pingente, chaveiros, camisas e até outras coisas como espadas, chapéus, mantos, etc., tudo que fizer parte daquele universo pode ser comprado e comercializado, independente de quantos anos passem e de quantos episódios tenham.

Um belo exemplo dessa indústria é o anime One Piece (Oda Eiichiro), lançado em animação desde 1999, continua sendo lançado semanalmente até hoje e em mais da metade desses anos se manteve como o mangá mais vendido. Sua influência é tão forte que em algumas cidades japonesas têm até escultura de seus personagens. O garoto de borracha marcado por um chapéu de palha e seus amigos movimentam uma boa economia dentro dessa indústria e deixam, anualmente, milhões e milhões de pessoas apaixonadas pela obra.

A verdade é que, independentemente de se assistir anime ou mangá, será inevitável assistir ao próximo que aparecer e seguir adiante. Há uma grande facilidade de acesso e a comunidade é, boa parte do tempo, muito unida e incentiva mais audiências a suas obras favoritas.

Comunidades em redes sociais, sites como Amino para falarem sobre isso, canais no Telegram... O mundo inteiro está absorvido e envolvido com a animação japonesa.


Revisão ortográfica: Anne Preste


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