38 milhões de pessoas ao redor do mundo vivem com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e até o fim de 2019 foram diagnosticados mais 1,7 milhão de novas infecções por HIV. Os dados são da UNAIDS, programa das Nações Unidas.
No Brasil, em 2019, foram diagnosticados 41.919 novos casos de HIV e 37.308 casos de aids. A maior concentração de casos de aids no país está entre os jovens, de 25 a 39 anos, com 492,8 mil registros.
Há quase 40 anos, o primeiro caso confirmado de HIV no país foi registrado na década de 1980 e se popularizou como a ‘Doença dos 5H’: homossexuais, hemofílicos, haitianos, heroinômanos (usuários de heroína injetável) e hookers (profissionais do sexo, em inglês).
Por o vírus ser associado apenas a esses grupos que já eram marginalizados, as ações em combate ao vírus do HIV foram lentas. Inclusive, a capa da revista Veja de 1989 que apresentava o cantor brasileiro Cazuza debilitado por conta da doença até hoje paira no imaginário popular quando se fala sobre a HIV/AIDS.
A publicação que trazia em seu título a frase ‘Cazuza, uma vítima da Aids agoniza em praça pública’ foi irresponsável e contribuiu para que a população brasileira criasse diversos estigmas.
Felizmente, atualmente as pesquisas científicas estão avançando e a vacina para o HIV está tendo resultados promissores. Um exemplo disso é o estudo de fase 1, realizado pela Iniciativa Internacional pela Vacina da Aids (Iavi) e o Scripps Research Institute, teve eficácia em 97% dos voluntários.
O estudo inovou ao estimular a produção de anticorpos e ativar com precisão os linfócitos B, células que estão por trás da secreção dos BNAbs. A vacina, portanto, estimulou a produção de anticorpos potentes contra o vírus em quase 100% dos humanos que realizaram os testes.
Além disso, em março do ano passado, o segundo caso de cura de um paciente com HIV foi confirmado. O venezuelano Adam Castillejo, que mora em Londres e hoje tem 40 anos, foi submetido a um transplante de células-tronco e agora está curado.
Os resultados do procedimento foram divulgados na revista The Lancet HIV. Após ter sido submetido ao transplante, o paciente não apresentou os sinais do vírus há 30 meses.
É válido ressaltar que a Parada do Orgulho LGBTQIA+ será realizada de maneira online e este ano terá como tema “O HIV e as pessoas soropositivas”. O evento acontece no próximo dia 6 de junho e tem previsão de 8 horas de duração. A celebração será exibida em 12 canais diferentes no YouTube.
Revisão ortográfica: Anne Preste