Ômicron: a nova preocupação mundial


Ômicron é mais transmissível, porém, menos letal que a variante Delta. Mas a dose de reforço de todos os laboratórios é suficiente contra todas as variantes.


Flavia Araujo

14.12.2021

A nova variante continua se espalhando pelo mundo: já são 57 países infectados. Mas os casos detectados continuam sendo considerados leves e moderados, e não há nenhum registro de morte causada até o momento pela nova cepa. A OMS informou que "A África representa atualmente 46% dos quase 1.000 casos da Ômicron relatados por 57 países".

De acordo com a maioria dos especialistas, ainda é cedo para informações precisas, detalhadas e conclusivas, até mesmo por causa da natureza mutável da Ômicron, mas a Delta parece mesmo ser a variante dominante do Covid-19, em periculosidade e casos fatais.

Uma boa notícia é que todos os laboratórios que fabricam os imunizantes contra o Covid confirmaram que três doses de suas vacinas são suficientes contra o Ômicron. Portanto, a dose de reforço, que já está sendo aplicada, imuniza contra qualquer uma das variantes do coronavírus.

A Ciência não pode parar

A pesquisadora Sarah Gilbert.: PA via Getty Images

Para a pesquisadora da Oxford-Astrazeneca, Sarah Gilbert, uma das criadoras da vacina que hoje é aplicada em mais de 170 países. (É a mais utilizada no Brasil, por exemplo, e é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz). “Esta não será a última vez que um vírus ameaçará as nossas vidas e os meios de subsistência”, e pediu mais financiamento para que a ciência esteja melhor preparada. “Os avanços que fizemos e o conhecimento que adquirimos não devem ser perdidos”.

E ainda continuou, ao Jornal britânico The Guardian: “Assim como investimos em forças armadas, serviços secretos e diplomacia para nos defendermos de guerras, devemos investir em pessoas, pesquisa, manufatura e instituições para nos defendermos de pandemias”.

Ômicron e as comemorações de fim de ano

Réveillon em Copacabana. Rio de Janeiro

2021 está acabando um pouco mais otimista que o ano de 2020. Agora, grande parte da população mundial está vacinada e as internações e mortes causadas pelo Covid-19 estão diminuindo cada dia mais. Se já não há mais pandemia, propriamente dita, com UTIs lotadas, falta de emprego, desespero geral, há a Ômicron, para alertar que não podemos nos acomodar.

De acordo com informações do offerotheday.com, em Londres, as festas de Natal vão ser drasticamente reduzidas. E no Brasil, mais de 64% das cidades vão cancelar o Réveillon, segundo pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM). O Rio de Janeiro, porém, não cancelará a sua tradicional festa de Ano Novo, com queima de fogos na praia de Copacabana.

Os especialistas em saúde recomendam que as comemorações de fim de ano ideais sejam as em família, com poucas pessoas aglomeradas e em ambientes abertos. Com uso de máscaras (quando as pessoas não estiverem se alimentando), higienização das mãos e álcool em gel.


Matéria relacionada:

A nova preocupacao mundial: Ômicron

Revisão ortográfica: Leilaine Nogueira


Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade exclusiva de seus autores e pode não ser necessariamente a opinião do Cidadão e Repórter.Sua publicação têm o propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.