O Dia dos Namorados e o amor em tempos de pandemia

Amar por telas e preocupado com a saúde do outro é um terrível sofrimento, mas o amor é uma emoção que leva a desejar o bem a outra pessoa, é saber que mesmo nessa situação caótica ainda existe aconchego.


Lelyane Martins

11.06.2021
Imagem disponivel na internet

Desde 2020 o Brasil passa por um período frágil em relação à saúde, sociedade e relações interpessoais. O isolamento e a distância afetaram formas de trabalho, que se adaptaram ao home office, como também a educação que passou a ser por meio remoto. Não somente condições externas as pessoas mudaram, mas também sua forma de se relacionar.

Desde esse fato existem dois tipos de casais: os que estão inevitavelmente juntos e os que estão ocasionalmente separados. Os que estão sempre juntos são os casais que vivem juntos, os que estão separados algumas vezes são os que não vivem juntos e tiveram, por razão da pandemia, que reduzir a frequência que se viam.

Quando se fala que essa forma, no distanciamento social, é a nova forma de amor, é um engano. Voltamos a um passado que fez ter sentido São Valentim ter seu dia celebrado em 14 de fevereiro, pois, para quem desconhece sua história, Valentim era um bispo que lutou contra o imperador Cláudio II, pois este havia proibido casamentos em tempos de guerra, e o bispo seguiu casando e unindo pessoas.

A ideia de não estar com sua pessoa especial faz as pessoas apreciarem mais ainda os momentos juntos, celebrarem o amor e a vida como um presente, fazer o outro saber que em tempos de isolamento ninguém quer ficar só.

A data do dia 12 de junho no Brasil é puramente comercial, trazida por João Dória (não o prefeito, mas um publicitário) do exterior. A data não é uma coincidência, mas é pelo fato de que o dia seguinte, 13 de junho, é o dia de Santo Antônio, também considerado um santo casamenteiro.

Não que isso importe, não é? O amor está aí para ser celebrado. Relações não são preto no branco, tem diversos tons de cinza, assim como as nuances pessoais dos envolvidos.

Amar por telas e preocupado com a saúde do outro é um terrível sofrimento, mas o amor é uma emoção que leva a desejar o bem a outra pessoa, é saber que mesmo nessa situação caótica ainda existe aconchego.

A nova forma de amor é igual à velha forma de amor, um aprendizado diário, precisa ser desenvolvido quase como um poema. Os que estão inevitavelmente juntos também não saem ilesos, mesmo que possa ter sido difícil no começo uma convivência eterna, enxergaram no outro o próprio lar.

Sendo assim, um feliz Dia dos Namorados para todos. O amor está no ar 365 dias do ano!


Revisão ortográfica: Anne Preste


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