Capital mantém uso obrigatório de máscaras em locais abertos e fechados


Mesmo com a situação epidemiológica controlada, de forma moderada, medidas de proteção individual seguem imprescindíveis


Redação

11.11.2021

Movimentação de pedestres, alguns usando máscaras de proteção, na Avenida Paulista - Foto: Fábio Vieira/Estadão Conteúdo

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), vai manter o uso de máscaras obrigatório em locais abertos e fechados durante esta fase da pandemia, em que o nível de transmissão e de assistência é considerado moderado. A ênfase do estudo foi colocada na detecção de casos, investigação e rastreamento de contatos.

Para a decisão, a SMS elaborou um conjunto de indicadores baseados em critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS) e dados das bases oficiais conforme os níveis de transmissão comunitária (incidência, hospitalizações e mortalidade), os indicadores da assistência (novas internações, solicitação de vagas em UTI e letalidade) e da vacinação do público elegível.

Cada item analisado possui um peso diferente para a sua classificação. Ao avaliar todos esses indicadores em uma matriz de risco, foi feita a classificação final da situação do município, que neste momento se encontra em nível 2.

O prefeito Ricardo Nunes enfatizou que a decisão é pautada em análises técnicas. "Nós sempre agimos assim, escutando a saúde, e estamos acertando. Somos exemplo não só para o Brasil, mas para o mundo, na questão de enfrentamento da Covid-19."

Plano de flexibilização de medidas não farmacológicas

O novo Plano de flexibilização de medidas não farmacológicas é um estudo que considera a avaliação de indicadores dos níveis de transmissão da Covid-19 e da avaliação da assistência de saúde na cidade para embasar as decisões de acordo com a situação atual da pandemia no município. Além dos dados que mostram o cenário atual, o mapeamento conta com uma previsibilidade dos números que a pandemia deve alcançar nas próximas semanas.

Com isso, está mantida a recomendação das medidas não farmacológicas, como o distanciamento pessoal, evitar aglomerações, assim como o compartilhamento de uso de objetos pessoais, além da higienização frequente das mãos.

Para a coordenadora do Núcleo de Doenças Agudas Transmissíveis da Covisa/SMS, Paula Bisordi, essas medidas não farmacológicas foram recomendadas pela OMS e pelo Ministério da Saúde desde o início da pandemia, como forma de conter o avanço da doença, e que permitem uma retomada gradual e segura.

"Os estudos vão apontar para nós as condições ideais para que possamos, inicialmente, flexibilizar a não utilização de máscaras em ambientes abertos. Nós não discutimos, ainda, condições de flexibilizar o uso de máscaras em ambientes fechados", disse o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido. "O estudo que foi feito, mesmo em outros países, sempre foi para ambientes abertos", complementou.

Até esta terça-feira (9), foram aplicadas 20.535.206 doses de vacinas antiCovid, sendo 10.534.889 (D1), 8.721.872.143 (D2), 327.844 (DU) e 950.601 (DAs). A cobertura vacinal da população com mais de 18 anos está em 108,2% para D1 + DU e em 96,3% para D2 + DU.

Em adolescentes de 12 a 17 anos, foram aplicadas 877.270 primeiras doses, representando uma cobertura vacinal de 103,9%. Também foram aplicadas 162.197 segundas doses nesse público.

A cidade tinha nesta terça-feira 325 pacientes internados com quadro de Covid-19. São 169 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com 30% dos leitos ocupados, e 156 em enfermaria (27%).


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