Andando com fé eu vou, que a fé não costuma faiá


Se adaptando às mudanças, fiéis seguem orientações dos seus templos religiosos durante a pandemia.


Ana Neves

11.05.2021
Foto: iStok

É na base da fé que milhões de pessoas têm se mantido de pé diante de um período tão atípico como o que estamos vivenciando desde o início da pandemia do COVID-19.

Se apegar a Deus, ou àquilo que acredita, é buscar esperanças em um futuro melhor, com perspectiva de coisas boas. A crença se tornou papel fundamental em um momento de isolamento social, mudanças, tristezas e dor.

● Rio Grande do Norte

Em sua maioria, os estados têm adotado decretos que limitam ou orientam o fechamento de igrejas e templos para tentar conter o avanço desenfreado do vírus. Desde 2019, quem frequenta igrejas e/ou templos religiosos precisou se adaptar ao “novo normal”.

No Rio Grande do Norte, o João, como vamos chamá-lo, que é católico, contou um pouquinho sobre como está o funcionamento da igreja desde o início dos decretos estaduais:

“Com o início da pandemia, o bispo determinou o fechamento das igrejas, em atenção aos decretos sanitários para o combate à disseminação do vírus. Com as flexibilizações dos decretos, os templos abriram com capacidade limitada de público, respeitando todos os protocolos sanitários. Com a abertura para 20% da capacidade total das igrejas, foram tomadas novas medidas de prevenção como a verificação de temperatura, uso de álcool em gel e sanitização dos bancos e demais espaços, além disso, não é permitido a circulação de pessoas durante as celebrações”.

Já nos templos de matriz africana, os terreiros ficaram fechados na maioria do tempo e só voltaram ao funcionamento parcial devido às flexibilizações publicadas pelo Governo do Estado.

“Quando eu precisava de um auxílio da minha mãe de santo, nós agendávamos um encontro, então quando necessário, tínhamos atendimentos individuais. Mesmo com as flexibilizações, poucas vezes nos reunimos para toques (como são chamados os cultos nos terreiros), porque muitas pessoas do nosso terreiro são do grupo de risco”. — Ana Ayla, Umbandista.

E assim, vamos seguindo, católicos e evangélicos, umbandistas e candomblecistas, respeitando os decretos e mantendo a fé acima de qualquer coisa, torcendo para que 2021 nos traga o fim desta dolorosa pandemia que já tirou mais de 410 mil mortes.

Fique em casa!


Revisão ortográfica: Anne Preste


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