Que legado ficará para as próximas gerações? Com a grande transformação que o mundo está vivenciando com o advento da pandemia do COVID-19, parte da humanidade certamente absorverá muitas lições de solidariedade, de tolerância e de respeito humano e à natureza.
Um olhar especial para a geração maior de sessenta anos que tem em suas mãos a oportunidade de deixar vários ensinamentos. Uma geração rica em experiências e que está dando uma lição de disciplina neste momento de crise. Com uma representatividade feminina maior, vem sendo precursora de novas atitudes à vida, descobrindo novos hábitos, interagindo com grupos culturais, religiosos, esportistas, artes em geral, reciclando e adquirindo conhecimentos etc. com alegria, seriedade e responsabilidade.
Desfrutando a conquista de uma merecida liberdade que, de repente, foi interrompida, este grupo — considerado de risco pela pandemia — se vê numa situação necessária de confinamento e, a grande maioria, distante de sua família. Mesmo que, às vezes, acometida de um sentimento de solidão – com as programações culturais, como espetáculos e salas de cinema suspensos – não deixa a peteca cair. Parte para desafios e até novas descobertas, lançando mão das ferramentas que a moderna tecnologia oferece para dar continuidade às suas atividades.
Uma geração corajosa, atenta e interessada, que se engaja e segue em frente, se reunindo virtualmente em grupos de amigos, família, para discutir filmes, livros, música e jogar conversa fora.
Entre outros paradigmas, o legado dos sessenta "mais" é a lição de dinamismo e valorização do sentido da vida.