Pesquisa aponta que idosos são mentalmente mais resistentes que jovens

por João Aranha

28.12.20

Imagem disponivel na Internet

Pesquisa elaborada por duas renomadas universidades americanas analisaram os efeitos da Covid-19 na saúde mental dos idosos.

Considerando os fatos constatados no começo da pandemia, quando os idosos apresentaram as complicações graves da doença e maior índice de mortalidade, além de sofrerem com a limitação dos contatos familiares, esperava-se que os de idade avançada fossem intensamente afetados em sua saúde mental. Contrariando o que as evidências sugeriram, os estudos apontaram que os idosos se mostraram mentalmente mais resistentes que os jovens.

Acostumados a bailes, festas e aglomerações de toda ordem, os jovens estão lotando os hospitais públicos e particulares e têm apresentado evidentes sinais de estresse, ansiedade e quadros de depressão.

No caso americano, entre os 731 participantes da pesquisa, na faixa etária de 18 a 24 anos, 49% relataram transtornos de ansiedade e 52% de transtorno depressivo.

A explicação dos pesquisadores é de que a sabedoria, o bom senso e a qualidade das conexões sociais reais, mais do que o dos jovens, na maioria virtuais, foram os fatores que levaram os idosos a terem menos ansiedade e outros transtornos mentais.

Já no Brasil, pesquisa da Unicamp, Fiocruz e UFMG, feita com 9.740 adolescentes com idade entre 12 e 17 anos dos dois sexos, mostra que a grande maioria teve piora no sono, no humor e no aprendizado, durante a pandemia.

As maiores queixas referiam-se a tristeza, isolamento dos amigos, redução das atividades físicas e falta de concentração necessária para o aprendizado a distância.

Sem muita variação geográfica ou de faixa etária, a maioria dos pesquisados sintetizou seus comportamento como excessivamente “nervoso” e "mal humorado”.


Revisão: Maitê Ribeiro
Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade exclusiva de seus autores e pode não ser necessariamente a opinião do Cidadão e Repórter.Sua publicação têm o propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.