Pesquisa elaborada por duas renomadas universidades americanas analisaram os efeitos da Covid-19 na saúde mental dos idosos.
Considerando os fatos constatados no começo da pandemia, quando os idosos apresentaram as complicações graves da doença e maior índice de mortalidade, além de sofrerem com a limitação dos contatos familiares, esperava-se que os de idade avançada fossem intensamente afetados em sua saúde mental. Contrariando o que as evidências sugeriram, os estudos apontaram que os idosos se mostraram mentalmente mais resistentes que os jovens.
Acostumados a bailes, festas e aglomerações de toda ordem, os jovens estão lotando os hospitais públicos e particulares e têm apresentado evidentes sinais de estresse, ansiedade e quadros de depressão.
No caso americano, entre os 731 participantes da pesquisa, na faixa etária de 18 a 24 anos, 49% relataram transtornos de ansiedade e 52% de transtorno depressivo.
A explicação dos pesquisadores é de que a sabedoria, o bom senso e a qualidade das conexões sociais reais, mais do que o dos jovens, na maioria virtuais, foram os fatores que levaram os idosos a terem menos ansiedade e outros transtornos mentais.
Já no Brasil, pesquisa da Unicamp, Fiocruz e UFMG, feita com 9.740 adolescentes com idade entre 12 e 17 anos dos dois sexos, mostra que a grande maioria teve piora no sono, no humor e no aprendizado, durante a pandemia.
As maiores queixas referiam-se a tristeza, isolamento dos amigos, redução das atividades físicas e falta de concentração necessária para o aprendizado a distância.
Sem muita variação geográfica ou de faixa etária, a maioria dos pesquisados sintetizou seus comportamento como excessivamente “nervoso” e "mal humorado”.