Poucos dias para Tóquio: confira o que os atletas paralímpicos têm a dizer sobre a reta final de preparação para os Jogos


Redação

21.08.2021

Foto: Alê Cabral / CPB

Os dias que antecedem competições importantes são períodos muito especiais e delicados para atletas. No calendário dos atletas paralímpicos, não há uma competição mais importante do que os Jogos Paralímpicos, que é a conclusão de um longo período de treinos intensos, de preparação técnica e psicológica para os desafios desportivos mais importantes de suas vidas.

Danielle Rauen foi campeã no tênis de mesa nos Jogos Parapan-americanos e a experiência colocou a atleta a um passo dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, que foi para onde ela direcionou todo o foco desde então. “Fizemos treinos super específicos depois dos Jogos [Parapan-americanos] e já começamos a analisar nossas adversárias para eu estar superbem preparada”, conta Danielle, atleta da classe 9.

Foto: Daniel Zappe / MPIX / CPB

Para os atletas, alimentação e preparação física andam lado a lado e, neste momento, não é indicado alterar muito a dieta e, sim, manter a disciplina e no que o corpo já se acostumou ou fazer adaptações que conversem com o que será consumido no Japão. Em Tóquio, os atletas contarão com acompanhamento de um nutricionista, que será responsável por garantir que os brasileiros continuem com uma alimentação equilibrada até as competições.

Junto com a preparação do corpo, os atletas paralímpicos também trabalharam fortemente o lado emocional, que impacta diretamente no desempenho dos competidores na hora das provas. “Estou me preparando mentalmente para não acontecer o que aconteceu comigo em 2016, no Rio, porque eu perdi para mim mesma, perdi para o meu psicológico naquele momento", afirma a lançadora de dardo Raíssa Rocha, classe F56, que saiu sem medalha dos Jogos Paralímpicos realizados na capital fluminence.

Para o nadador Roberto Alcade, o segredo para chegar mentalmente bem a Tóquio é se desviar de armadilhas mentais construindo uma bolha de pensamentos positivos para construir um escudo mental. “Vamos trabalhando um dia de cada vez. Vamos trabalhando bastante o lado positivo para nos saturar de coisas positivas para ir lidando com tudo o que aparecer e ter o melhor resultado”, comentou o nadador da classe SB5.

Nesse período que antecede as competições, cada atleta se concentra e se prepara de uma forma, e todo tipo de tentativa de aumentar as chances de trazer uma medalha para casa é válida. Raíssa Rocha conta que não abre mão de dois rituais antes das competições: ligar para a mãe e levar consigo sua guia de proteção.

Foto: Douglas Magno / EXEMPLUS / CPB

Para a mesa-tenista Danielle Rauen, é essencial ouvir músicas que a deixam mais calma e focada, mas ela conta que não abre mão de um ritual especial que é “ler um trecho de algo que meus pais escreveram na minha primeira competição. É um bilhetinho que eu levo para todas as minhas competições e eu sempre leio antes de jogar porque contém frases de incentivo. [...] É algo que me acalma muito e que eu nunca deixo de fazer antes de jogar”, revela.

Mas nem todos os atletas têm superstições, amuletos ou rituais. O atleta da natação Roberto Alcade afirma que já possuiu rituais e amuletos, mas depois de algumas competições percebeu que seu desempenho não estava atrelado a crenças ou práticas relacionadas com a sorte. “O amuleto que eu tenho é saber que treinei bem”, brinca o nadador.

Independente das crenças e hábitos dos atletas da delegação brasileira, é certo que os fãs do paradesporto desejam a melhor das sortes para todos os atletas do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio.


Fonte: Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)


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