EVENTOS ‣ olimpíadas tokyo 2021

Em continuação à matéria anterior, vamos abordar no texto de hoje algo que sempre ouvimos falar nas competições de alto rendimento, como as que estão acontecendo agora nas Olimpíadas, o tão temido doping!

A história relata que esta prática acontece desde 2.700 a.C. na China, onde os imperadores forneciam plantas com altas doses de efedrina para dar coragem e incentivo aos seus lutadores.

O doping é caracterizado pelo uso de substâncias que podem melhorar o desempenho de um atleta durante a prática esportiva para alcançar melhores resultados. Isso se dá pela elevação de força, flexibilidade, melhora da concentração, perda de peso, entre outros benefícios a depender da substância usada. Assim como no esporte de alto rendimento, frequentadores de academias também estão envolvidos no uso de substâncias, popularmente conhecidas como anabolizantes.

O uso de esteroides anabolizantes tem como objetivo central melhorar a estética e, em meados da década de 1960, com o crescimento do mundo do fisiculturismo, o uso se tornou mais comum nos anos seguintes, o que também aumentou a demanda e a venda ilegal dessas substâncias. O uso exacerbado representa um alto risco para a saúde de atletas e frequentadores de academia, pois podem promover a multiplicação de células cancerígenas, sobrecarga cardiovascular e hepática, assim como alterações nos níveis de colesterol e aumento da acne, queda de cabelo e mudanças na voz.

Em 1967 o Comitê Olímpico Internacional formou uma comissão para a classificação, controle e banimento das substâncias ilícitas utilizadas e punição adequada. Divididos em 5 grupos principais, são os narcóticos, esteroides anabolizantes, estimulantes, diuréticos, hormônios peptídicos e análogos. Estas drogas induzem um aumento da atividade cardíaca e aceleram artificialmente o rendimento do atleta. Podem aumentar o limiar da dor com efeitos adrenérgicos semelhantes aos da anfetamina, cocaína, efedrina e cafeína.

Historicamente, atletas de vôlei, basquete e futebol costumam usá-los. No que diz respeito às substâncias analgésicas e narcóticas, são ilustradas pela morfina e pela petidina, que são responsáveis pelo relaxamento muscular e analgesia. Os esteroides anabolizantes são derivados do hormônio masculino testosterona, que são responsáveis pelo tamanho e força dos músculos. É muito utilizado por lutadores, atletas de fisiculturismo ou em qualquer esporte que requeira força explosiva, como levantamento de peso em um curto espaço de tempo, além das atividades de musculação em academias.

Com a criação dos COIs e a definição de penalidades para o uso dessas substâncias, foi realizado um controle rigoroso dos testes para sua correta identificação. O teste antidoping pode ser feito por meio da coleta de urina ou sangue, e os controles podem ser feitos durante e depois dos períodos de competição para garantir que não houve fraudes no resultado final. Além dos ganhadores normalmente serem submetidos ao teste, a organização pode pedir o teste fora do período de competição e sem aviso prévio através de sorteio.

Aquele que não aceitar e fugir do teste de dopagem, ou estiver em posse de substância proibida poderá ser penalizado pela Autoridade Brasileira de Controle de Doping . Para evitar problemas, os atletas e suas equipes, recebem uma lista de medicamentos do que pode ou não ser usado durante toda a preparação física, já que alguns fármacos antigripais, anticolesterolêmicos, e para outros problemas de saúde podem ser caracterizados como doping, mesmo sem intenção.

Sobre as penalizações, vamos falar de um caso recente que está acontecendo agora durante as Olimpíadas de Tóquio. Você já deve ter visto, a sigla ROC e ter se perguntado qual país representa.

Essa sigla significa Russian Olympic Committee e esse foi o meio encontrado pela Agência Mundial Antidoping para permitir que os atletas russos que testaram negativo no exame antidoping, pudessem participar das Olimpíadas. A Rússia foi banida por 4 anos de todos os principais eventos esportivos após uma grande polêmica envolvendo o doping em competições mundiais.

A Agência Antidoping da Rússia (Rusada)foi declarada “não cooperante” em 2019 por manipular dados de laboratório de seus atletas. A Agência precisou entregar os dados à WADA como condição para sua reintegração em 2018, após uma suspensão de três anos.

Dessa forma a bandeira e o hino da Rússia não serão permitidos em eventos como os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, e também na Copa do Mundo de 2022, que ocorrerá no Catar. Ao atletas que conseguirem provar que não estão envolvidos neste esquema poderão competir sob uma bandeira neutra com a sigla ROC.

A Rússia teve a oportunidade de 'colocar a casa em ordem' e voltar a se juntar à comunidade antidoping global para o bem de seus atletas e integridade do esporte. Mas optou por continuar em sua posição de negação.", disse o presidente da WADA.

Nessas Olimpíadas em Tóquio o responsável pelo controle de Doping é a Agência Internacional de Testes, um órgão independente do COI. O ITA já realizou mais da metade dos 5.000 testes previstos para estes jogos, e não (houveram) houve até o momento nenhuma confirmação de casos positivos. As modalidades mais visadas para os testes são as aquáticas, remo, atletismo, ciclismo e levantamento de peso. Os países que estão na mira são os Estados Unidos, Austrália, China, Grã-Bretanha, e claro a ROC.

Referências consultadas:

• SÁ, Carla Giuliano De; PITTA, Rafael Mathias. O que é o doping? 2018. Disponível em: https://www.einstein.br/noticias/noticia/o-que-e-o-doping. Acesso em: 4 ago. 2021.

• Doping no esporte: o que é, substâncias detectadas e exame antidoping - Tua Saúde. [s.d.]. Disponível em: https://www.tuasaude.com/o-que-e-doping-no-esporte/. Acesso em: 4 ago. 2021.

• Olimpíada de Tóquio 2021: por que a Rússia não pode competir, mas seus atletas podem - BBC News Brasil. [s.d.]. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-58065172. Acesso em: 4 ago. 2021.

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Revisão ortográfica: Sonia Okita