O desfile dos atletas no Estádio Olímpico de Tóquio, depois de 19 dias de intensa apresentação das competições, aconteceu num espetáculo de luzes e moderna tecnologia com o lema “Mundo que Compartilhamos”. Com a proximidade dos Jogos Paralímpicos que se inicia no próximo dia 23, o tema da inclusão, da diversidade e união dos povos, é uma mensagem de unificação e solidariedade dando uma pausa para um respiro nos momentos de tensão que o mundo teve que se submeter na pandemia.
No show de imagens e originalidade dos efeitos especiais de drones, uma cena como uma revoada de pássaros sobrevoa um estádio que parece lotado de espectadores, mas que na verdade são cadeiras vazias. A nuvem de luzes se concentrou no céu formando os círculos que simbolizam os Jogos Olímpicos.
O desfile das comitivas e dos atletas carregando as bandeiras de seus países foi uma riqueza de alegria, sorrisos e acenos, e o Brasil foi representado pela ginasta Rebeca Andrade, medalha de prata no individual e ouro no salto.
A apresentação das danças japonesas típicas regionais, representam os trajes dos camponeses invocando sorte e colheita abundante. A celebração do Dia de Finados é uma demonstração de respeito aos ancestrais na crença da volta dos espíritos dos que já partiram, caracterizado pelo bon odori, a dança de roda em trajes tradicionais do kimono.
Não poderia faltar a batida do tambor taiko, um instrumento de percussão tradicional do folclore japonês, inicialmente usado para comunicação na guerra e ações militares, atualmente presentes em cerimonia religiosa e rituais rítmicos do teatro japonês. (foto-Michael Reynolds/EPA/EFE)
Nestas imagens as crianças olham para o céu, vestindo roupas no estilo ocidental, representando a resiliência e a necessidade de se adaptar a uma nova vida, depois da guerra que deixou sequelas na comunidade japonesa causada pela bomba atômica. Na canção que se refere a crianças de olhos azuis, a presença do estrangeiro, “gaijin”, retrata os ocidentais em geral, representados pelos soldados americanos, do preconceito baseado no medo do desconhecido.
“Vocês nos inspiraram com o poder unificador do esporte” disse Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional em seu discurso de encerramento, referindo-se aos atletas.
A tocha olímpica do estádio representando o sol, se apagou e se fechou formando uma lua branca simbolizando o anoitecer e a passagem do bastão das Olimpíadas para o próximo certame.
Assista os melhores momentos da cerimônia de encerramento: