O crescimento da miséria é apenas considerado como números e não em ações sociais.

Bernadete Siqueira

08.02.2021
Foto disponivel na internet

Com o término do auxílio emergencial em dezembro de 2020, o País tem hoje mais pessoas na miséria do que antes da pandemia, a parcela de brasileiros vivendo em pobreza extrema - com renda familiar per capita menor que R$155,00 por mês - é de 10% a 15% da população, algo entre 21 e 31 milhões de pessoas.

Segundo o IBGE: o levantamento estatístico aponta que a região Nordeste concentra um valor proporcional a 47,9% da concentração da pobreza no Brasil. Em seguida, também com índice alto, vem a região Norte, com 26,1%. O Sudeste é a terceira região, com 17,8%. Por fim, Centro-Oeste (2,5%) e Sul (5,7%) apresentam as menores taxas percentuais do País, com pouca concentração de pobreza, em relação às demais regiões.

Dentre a população pobre, estima-se que 39,2% estão fora da força de trabalho. A desigualdade racial é um dos recortes mais abissais: pretos e pardos concentram 77,8% da pobreza do País, enquanto brancos (20,7%) e outros (1,5%).

A região Sudeste é a que mais contribui para a desigualdade no País, de acordo com o IBGE. Isto ocorre quando há uma grande densidade populacional em uma determinada região concentrando a maior parte da renda nacional, em comparação com a população de renda inferior.

O efeito da pandemia que continua acelerado, somando-se a difícil recuperação econômica do País, projeta este número para altos patamares.

Esperamos que ao longo dos meses de 2021 tudo isso seja amenizado, pois só assim o Brasil poderá se recuperar, principalmente, se houver crescimento no mercado de trabalho.

Revisão ortográfica: Geyse Tavares