EDITORIAIS

A cidadania é o elo que nos liga aos princípios democráticos A pergunta que mais se faz no momento é se no pós-pandemia haverá uma transformação na sociedade e nas pessoas. 

Voltar à normalidade não é a solução, na medida em que a normalidade era o nosso problema. O coronavírus expôs ainda mais a fragilidade do nosso sistema econômico e social. 

Se nada for feito, corremos o risco de retroceder 30 anos na luta contra a injustiça, a desigualdade e a pobreza. 

Entendemos que a única saída é uma ação conjunta dos cidadãos e do governo. Para isso é necessário que nos comportemos como verdadeiros cidadãos, ou seja, admitindo que somos realmente um “animal político”, leais às instituições democráticas, com base em valores abertos ao diálogo e à tolerância mútua e na igualdade de tratamento no que diz respeito à raça, etnia, religião e gênero. 

Em resumo, cabe ao cidadão impor seus direitos e deveres, numa época que requer mais solidariedade e menos egoísmo. 

Ao Governo cabe ser forte, criativo e competente, tendo como meta o bem-estar dos cidadãos, com condições de educação para todos, apoio e segurança para que os cidadãos possam prosperar, protegendo o trabalho e exigindo das corporações que cumpram suas obrigações para com a sociedade. 

Pode ser utópico, mas somente a cooperação e o agir juntos, a cidadania, pode-nos salvar de estados opressivos e tirânicos.