A vida deve vir sempre à frente de qualquer possível dano à economia

28.03.2020

A sabedoria chinesa usa para a crise o termo wei-ji; são dois caracteres que significam perigo e oportunidade. Portanto, toda crise traz em si uma oportunidade de mudança.

Estamos diante de um vírus democrático, ou seja, todos nós terráqueos, em maior ou menor escala, poderemos ser afetados em nossa saúde e na nossa situação socioeconômica.

Uma vez equacionado o problema, urge que medidas globais sejam tomadas, pois se os humanos ficarem brigando entre si o vírus vence.

Historiadores, filósofos e cientistas dizem que a crise necessita, como soldado da linha de frente, da informação correta e atualizada. Não há tempo nem espaço para a segregação de informações. Os tempos são de união e de cooperação, independentemente das fronteiras territoriais e dos regimes políticos, econômicos e sociais.

Não há como enfrentar o inimigo com percepções estreitas da realidade. A vida deve vir sempre à frente de qualquer possível dano à economia. Que fatos prevaleçam sobre opiniões e que um clima de confiança seja restabelecido. Confiança na Ciência, que historicamente já provou sua competência, intelectual e moral.

É preciso coragem para mudar pensamentos e valores, agir com a inteligência que nos foi dada para compartilhar honestamente as informações e abrir e não fechar as fronteiras; estender a mão para quem precisa e compreender que basta apenas um habitante, de um local bem remoto, ser atingido para que toda a humanidade também o seja.

Ações com base na fé, esperança e caridade nos tornarão vitoriosos e, se soubermos aproveitar a oportunidade que a crise nos proporciona, sairemos seres humanos melhores, aptos a transformar nossas instituições sociais, nossos valores e ideias, conscientizados de que somos todos irmãos.