No mundo das fake news fica cada vez mais difícil separar as emoções da razão.

25.10.2019

É inevitável que numa cidade com milhões de habitantes haja choques e disputas acaloradas. A maior arma que dispomos para disciplinar esses conflitos é a democracia, talvez a única solução que nos permite, através das vias institucionais, restringir a violência.

Sofremos, diariamente, a ação do que se convencionou chamar de uma milícia digital onde existiriam mais de 1500 perfis falsos usando a internet, bombardeando-nos como uma visão que fala mais à emoção do que à razão.

Fica muito difícil identificar estes movimentos, a maioria deles amparados na clandestinidade. Há, no entanto, a possibilidade de que pessoas de bem reajam a tudo isso usando das mesmas armas, ou seja, usando as plataformas digitais.

O movimento Poder do Voto (poderdovoto.org), por exemplo, é um aplicativo que visa aproximar o cidadão brasileiro do congresso nacional.

Este aplicativo recomenda seguir o político em que se votou ou aquele que seja do seu interesse, isto se você se lembrar em quem você votou na última eleição.

De qualquer forma, cumpre ao cidadão acompanhar as leis que estão em votação, ouvindo a opinião de diferentes entidades, permitindo que haja uma maior conscientização do que se passa ao nosso redor, de forma que se possa transformar a desesperança em mudança.

Cumpre ao cidadão manifestar-se, dar o seu recado, concordar ou não com leis que estão sendo propostas e verificando sempre se o seu representante vota de acordo com seus pensamentos e suas ideias.

Esta é a única forma de reagirmos, no regime democrático, às fake news, à demagogia e à manipulação dos incansáveis marqueteiros.