10.10.2019
Nosso planeta já foi assolado por cinco grandes extinções em massa, nas quais a biodiversidade diminuiu de maneira drástica e violenta.
Hoje estamos vivendo uma nova era geológica que se iniciou no século XVIII com o início da industrialização. O que caracteriza essa era – a qual se deu o nome de Antropoceno – são as significativas alterações ocasionadas pelo homem na bioesfera.
Estudos demonstram que a poluição gerada pelos seres humanos tem sido muito mais devastadora do que aquela causada por eventuais cataclismos das forças da natureza, como, por exemplo, as erupções vulcânicas, terremotos e maremotos.
Muitos são os sinais que a natureza nos aponta diariamente a respeito da degradação do nosso planeta.
A costa nordestina brasileira está sofrendo com um vazamento de óleo que já é considerado o maior acidente ambiental em extensão, cujos danos levarão décadas para serem repostos.
Toda megafauna, como aves, cetáceos, peixes e até espécies que já corriam riscos de extinção estão sendo ameaçadas.
Isto tudo sem falar no perigo que a contaminação chegue aos rios com danos ainda não estimados e reflexos na economia e na saúde de brasileiros.
Outro exemplo vem do que está ocorrendo com as abelhas: 50 milhões desses insetos morreram em Santa Catarina apenas em janeiro passado; 500 milhões de abelhas foram extintas em pouco menos de três meses nos estados do Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Muito provavelmente as causas estão relacionadas com as mudanças climáticas, desmatamento, queimadas e, principalmente, ao uso abusivo de agrotóxicos.
Aqui no Brasil, em apenas nove meses o governo liberou o uso de 353 novos tipos de defensivos agrícolas.
A pulverização por aviões e a aplicação de venenos à beira das matas, atinge diretamente às colmeias, além dos pesticidas serem usados até mesmo no período de floração quando se intensifica a ação das abelhas sobre as flores.
A importância das abelhas se resume a sua principal e essencial função: a polinização. As plantas com flores com seus odores agradáveis e cheias de néctar atraem as abelhas e 90% delas dependem da polinização para produzir 35% da produção mundial de alimentos.
Esgotando nossos recursos naturais e reduzindo a biodiversidade do planeta quebramos a teia da vida da qual depende o combate à fome, nossa saúde e bem-estar e, porque não dizer, até mesmo nossa sobrevivência.