ECONOMIA ‣ Empreender

Atua como Analista de marca pessoal e de imagem, considerando a necessidade do mercado. Secretária executiva, especialista em gestão de negócios, blogueira e escritora, atualmente mentora de carreira, instrutora de cursos nas áreas secretarial e de atendimento ao cliente. Co-criadora do Portal Carreira Brasil. Sócia da Iventys Educação Corporativa, com atuação local e internacional, a partir de infraestrutura que possibilita a prestação de serviços presenciais e remotos. Trainer da Global Mentoring Group com certificação internacional em Mentoring de Inovação e Negócios, com experiência na formação de mentores profissionais no Brasil e no exterior.

Diante de tantas mudanças ao nível global, Marcela evidencia o conceito do acrônimo BANI que traduzido significa Frágil, Ansioso, Não-linear e Incompreensível, nova ótica no panorama mundial provocado pelas implicações da pandemia. Aconselha o ingresso nesta dinâmica quanto antes para sofrer menos e permitir recálculo de uma nova rota, sempre que possível. O lado certo da chave está dentro de cada um, para abrir as caixinhas que foram trancadas, às vezes, inconscientemente. O extraordinário assusta, precisamos nos enxergar de verdade, buscando quem somos antes do porquê. A pandemia trouxe muitas destas sombras que negligenciamos e fugimos delas. O processo de aceitação é um choque de realidade inicial, mas uma vez se aceitando pode-se até brincar com os erros. O autoconhecimento é o caminho.

Entre uma carreira corporativa e o empreendedorismo existem poucas diferenças, é uma linha tênue, o importante é identificar as qualidades e as fragilidades. Temos que trabalhar a nossa aptidão, seja matemática, letras, artes, etc. Não existe uma idade ideal para se iniciar uma carreira, o importante é proporcionar oportunidades de escolha da vivência real para se ter tempo de pensar e descobrir os valores que realmente queremos entregar ao mundo. Uma situação que depende muito de formação e de um fator cultural.

O índice de profissionais insatisfeitos no Brasil é muito grande, o que provoca também taxas altíssimas de transtornos psicossomáticos de crise existencial. O RH precisa se reinventar frente aos formatos de currículos que pautam o mercado e analisar a vivência cultural, com o objetivo de trazer maior contribuição para a empresa. Baseada nos resultados de suas mentorias observa a evolução positiva em pessoas felizes. Outro ponto é sobre a intergeracionalidade, com a prática da mentoria reversa para estimular o equilíbrio de experiências nas grandes empresas, fator positivo para harmonizar as relações, extraindo o melhor das pessoas que lá trabalham.

A vida não é linear, a descoberta da mudança abre a oportunidade de nos descobrir. A vivência profissional se constrói realizando alianças, com parcerias que proporcionem humanização do trabalho. Segundo Marcela, nada acontece por acaso na vida e a interação global nos apresenta valores inestimáveis que nos compele a ricas alianças, como é o caso da empatia entre Cláudia Eleutério, Natalie Gampires e Paula Moio, que residem em países diferentes e por três anos convivem virtualmente, segurando à distância as mãos uma das outras, para concretizar um projeto onde expressam suas experiências, como coautoras do livro Interculturalidade na Pele, que será lançado em breve.

Conclui com a mensagem: o empreender é um eterno aprender, só se consegue desenvolver o negócio quando o valida. O sucesso e a caminhada de um profissional que quer fazer a diferença é um caminhar solitário. Acredite sempre. Muito mais do que celebrar e aproveitar a jornada é viver o processo.

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Revisão ortográfica: Anne Preste