Conversa com Mulheres apresenta Edis Lima

Criadora da Bem In Paris conta sua trajetória e aprendizados como empreendedora e seus conselhos para quem quer empreender com sucesso e qualidade de vida.

Thays Reis

20.03.2021

Guia cultural e criadora da Bem In Paris. Foto: Divulgação

Criadora do Bem in Paris, a guia cultural brasileira Edis Lima dá conselhos importantes para quem quer empreender e ter uma carreira de sucesso, com estabilidade e qualidade de vida. A conversa aconteceu durante uma das lives do projeto “Conversa com Mulheres” da Poder Concept, realizada na semana do Dia Internacional da Mulher.

Edis Lima nasceu em Tocantins, cursou administração em Ribeirão Preto, onde teve suas primeiras aulas de francês, segundo ela para entender mais sobre a arte do país após ver “O baile no moulin de la Galette”, de Renoir.

A guia teve oportunidade de ir para o país de seu coração em 2000, para um estágio. Ao longo dos anos, trabalhou em grandes empresas e até mesmo no Ministério de Relações Exteriores, na relação bilateral entre França e Brasil.

Segundo Edis, ela sempre foi apaixonada por artes, fez pintura e desenho, visitava museus com frequência. Em 2011, um amigo a aconselhou a trabalhar com turismo, por ver potencial nela. Edis largou a estabilidade e arriscou-se em seu empreendimento.

A primeira atitude de Edis fez foi realizar o curso de conferencista nacional, que dá direito de guiar oficialmente nos museus da França. O saber foi uma das principais dicas de Edis: "dedique-se ao conhecimento e o veja como um investimento, não como um gasto”.

Depois da profissionalização, Edis abriu sua empresa Bem In Paris, como uma guia cultural, ocupando uma lacuna no turismo que eram os passeios personalizados para os clientes.

Assim como muitos empreendedores, Edis começou sozinha, montando os passeios e estudando sobre obras de arte até fazendo a contabilidade, o marketing, as mídias sociais e todos os setores que envolvem a empresa. Segundo ela, essa sobrecarga a levou a um burnout em 2016, um esgotamento físico e psicológico decorrente do trabalho excessivo.

Foi nesse momento que Edis aprendeu duas grandes lições: primeiro criar a empresa já como um projeto certo de empreendimento, com organização e estrutura, e segundo é a importância de contar com pessoas especializadas em determinadas áreas. No caso de Edis, ela deixava um pouco de lado a parte financeira e de administração: “é por isso que muitas empresas vão à falência nos primeiros anos”, avalia Edis.

Essa realidade mudou para a Bem In Paris quando uma gestora administrativa foi contratada. “Eu passei a ver para onde ia cada centavo, onde precisava investir mais, onde estava o lucro, qual produto tinha que tirar da cartela. Ela me mostrou onde eu estava colocando energia desnecessária” e completa: “isso mudou minha concepção sobre fazer tudo sozinha e eu ainda ganhei tempo e qualidade de vida”, relata Edis.

Durante a pandemia, Edis conseguiu obter incentivos do governo francês para pequenos empreendedores e ressaltou a importância da profissionalização nesse momento: “eu só consegui porque minha empresa estava regularizada, eu fiz o curso de conferencista lá atrás, e agora eu tenho tempo para reestruturar a empresa”, conta a guia.

Durante esse período, Edis avalia que o planejamento estratégico também mudou: “agora é ainda mais importante que as empresas tragam profissionais que tenham expertises”, e acredita que a adaptação é importante: “eu vejo que as pessoas são resistentes à mudança, o mundo entrou em outro formato e as pessoas ainda estão presas na configuração de 2019”, aponta Edis.

Referências:

A Poder Concept, tem por objetivo ajudar mulheres e empresas a mudarem mindsets, seus pensamentos e inovarem suas atitudes; acreditamos em um mundo em que todos sejam capazes de seguir seus sonhos e realizá-los.

Os aspectos envolvidos na criação e operação serão de capacitação, assessoria e consultoria, que terá como foco inicial voltado para jornada empreendedora, preparando mulheres a serem consultoras para atenderem os clientes-alvo. Inicialmente serão empresas do setor privado; sendo micro, pequenos e médio portes, provendo conhecimento para que possam atuar como grandes geradores de novos empregos.

Revisão ortográfica: Geyse Tavares



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