ECONOMIA ‣ Empreender

Secretária Executiva Trilíngue com Pós-Graduação em Gerenciamento de Negócios. Por mais de 30 anos acumula experiência na área de assessoria executiva, com atuação em empresas como Federação das Indústrias, Bolsa de Valores de São Paulo e multinacionais como Brown Forman, Clifford Chance e Roland Berger. Professora Universitária na FECAP, Sumaré e UNIP, com passagem pelas Escolas Técnicas Estaduais e SENAC.

Vive em Hamamatsu - Shizuoka, no Japão, onde leciona inglês e espanhol para japoneses e brasileiros e trabalha como voluntária na área de educação no Conselho do Cidadão, voltado para crianças brasileiras que estudam em escolas japonesas. A vivência dela se concentra na comunidade brasileira. O diálogo com os nativos é muito difícil, pois impera a fidelidade ao idioma japonês. Nos grandes centros do Japão ouve-se mais a língua inglesa.

Devido as poucas opções dentro no mercado de trabalho, visto que as colocações para imigrantes são geralmente direcionadas às fábricas, a levou ao desafio de ministrar aulas de inglês e espanhol para brasileiros e também para alguns nativos, se valendo dos conhecimentos de idiomas. Não foi um caminho fácil, vinda de um mundo corporativo se viu obrigada, num processo diário, a arrancar a sua posição empreendedora, pois se sentia incapacitada a abraçar este novo tipo de projeto.

As autoridades do Japão optaram pela não interrupção das atividades durante a pandemia, porém, Cláudia sofreu uma fratura e, por uns nove meses, foi forçada a repouso. Como estava afastada das aulas presenciais iniciou um trabalho voluntário, contribuindo com dicas do idioma inglês, no grupo de whatsapp Secretaries Group, que conheceu através do Sindicato das Secretárias, no Brasil, e que exerce um trabalho sério para colocação de profissionais em cargos de confiança.

De repente, com dez participantes e com o fuso horário a seu favor, brilhou uma luz na sua veia empreendedora e resolveu abrir um curso, em conjunto com o Secretaries Group, voltado às necessidades das secretárias executivas, visando principalmente as questões interculturais. Iniciou de maneira empírica, sem estratégia, porém, com a necessidade de uma nova linguagem imposta pelas redes sociais e também por conta da concorrência começou a pesquisar e, aos poucos, foi elaborando o aprimoramento em mentoria de negócios, marketing digital e consultoria. Foi construindo aos poucos a pessoa empreendedora.

Declara que não tem receita, mantém um estilo de aprendizado totalmente visual e cinestésico, com grande resistência à exposição, que luta para vencê-la. Carrega o lema de que o que fizer está bom, e de maneira confortável, sem a exigência de ser perfeita.

Toda essa jornada a levou a novos caminhos e inspirada pelo pai, falecido recentemente por Covid, que sempre lhe dizia que entre outras conquistas como ter um filho e plantar uma árvore, a escrita dá acesso à felicidade total, Cláudia se ressignificou escrevendo um livro, em parceria com mais três profissionais: Marcela Brito, Natalie Gampires e Paula Moyo, sobre suas experiências, onde também apresentam uma perspectiva profissional com relatos de pessoas que emigraram e que conseguiram desenvolver a sua atividade original, o que é muito difícil para quem vive em outro país. Um projeto desenvolvido virtualmente e intitulado "Interculturalidade na Pele" que prevê tradução nos idiomas inglês e espanhol.

Mensagem de Cláudia Eleutério: não importa o que faça, sempre se é criticado, releve e faça o que tem que fazer.

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Revisão ortográfica: Anne Preste