Bolsa de Valores das Favelas

G10 Favelas, em parceria com DIVI•hub, lança Bolsa de Valores das Favelas. Investidores poderão ser sócios de diversos negócios promissores, como banco e empresa de logística, em favelas no Brasil todo com apenas R$10.

Cleo Brito

10.11.2021

O G10 Favelas, bloco de líderes e empreendedores que reúne as dez maiores favelas brasileiras, e a DIVI•hub se uniram para criar a “Bolsa de Valores das Favelas”, que permite que investidores possam ser sócios de promissores negócios privados nas favelas. Ao todo, já foram selecionados 18 negócios para esses primeiros “IPOs.

“No Dia da Favela estamos mostrando nosso potencial de negócios, gerando trabalho e renda e ajudando os moradores da favela a empreender e realizar seus sonhos, além de gerar rendimento para qualquer um que queira ser sócio nestes negócios”, explica o presidente do G10 Favelas, Gilson Rodrigues, referindo-se à data comemorada no dia 4 de novembro.

A partir do próximo dia 19, quando tem início o Slum Summit G10 Favelas 2021, as pessoas poderão investir em pelo menos dois negócios que já existem no âmbito do G10 Favelas: o Favela Brasil Xpress e o G10 Bank Participações. O investimento é a partir de R$10 e se dará pela plataforma DIVI•hub, por meio da qual o investidor poderá comprar um pedacinho de cada negócio e receber rendimentos baseados em receitas e/ou lucros.

O G10 Bank Participações é uma instituição financeira dedicada a financiar microempreendedores das comunidades. Já a Favela Brasil Express atua onde aplicativos convencionais não atuam, atendendo 8 favelas espalhadas pelo Brasil, como Paraisópolis, em São Paulo, e Rocinha, no Rio de Janeiro.

O investimento se dá através da compra de DIVIs, sendo uma fração de um desses negócios, pelo preço de R$10 cada e já traz as formas de remuneração que o investidor terá, como uma fatia das receitas ou dos lucros. No futuro, o dono dos DIVIs também poderá negociar seus ativos com outros investidores quando quiser e ao preço que estipular, abrindo também outra frente de ganhos financeiros.

“Todo mundo poderá ser dono de um pedacinho de um negócio do G10 Favelas e receber de volta rendimentos por isso”, afirma o CEO da DIVI•hub, Ricardo Wendel. “E nós também participaremos dessa empreitada e doar toda a remuneração da DIVI•hub para o G10 Favelas para a compra de cestas básicas”, acrescenta ele.

Sobre o G10 das Favelas

O G10 das Favelas é um Bloco de Líderes e Empreendedores de Impacto Social das Favelas que, assim como os países ricos do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), uniu forças em prol do desenvolvimento econômico e social dessas áreas urbanas. A exemplo dos grandes blocos econômicos, o G10 tem encontros regulares e termos de cooperação para existir uma colheita de dados, acompanhamento das ações propostas e mensurado o real impacto social e crescimento gerado pelo bloco e seus parceiros. A ideia do G10 Favelas é inspirar o Brasil inteiro a olhar com atenção para as favelas, as tornando grandes polos de negócios, atrativo para investimentos, assim transformando a ‘exclusão’ em startups e empreendimentos de impacto social de sucesso.

Visando diminuir o impacto negativo do novo coronavírus nas comunidades do país, o G10 Favelas criou, em março de 2020, o ‘Comitê das Favelas - Presidentes de Rua’ que reúne uma série de ações para ajudar moradores de comunidades do país nesse momento de pandemia. A iniciativa ganhou destaque nacional e internacional e, no ano passado, ganhou o Prêmio Empreendedor Social da Folha de São Paulo 2020.

Sobre a DIVI•hub

A DIVI•hub tem a permissão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão regulador dos mercados brasileiros, com base na instrução 588, que trata a emissão de valores mobiliários via plataforma eletrônica de investimento participativo. Com base nessa regulação, foi desenvolvido um mecanismo inédito de negociação que ajuda blindar o investidor de riscos societários, como questões trabalhistas.

O emissor dos DIVIs é o próprio empreendedor via uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), que vai operacionalizar o projeto e apurar o lucro. No momento da divisão dos ganhos, esses serão feitos através de contrato de Sociedade em Conta de Participação (SCP), para que os investidores não tenham de assumir formalmente o quadro de sócios da SPE ou tenham de subscrever qualquer participação representativa do capital social da emissora.

Ou seja, uma maneira legalmente construída para proteger o investidor, com instrumento mais seguro que qualquer título conversível em participação, já que não pode responsabilização do sócio participante por atos do sócio ostensivo.

À luz do Edital de Audiência Pública SDM n° 02/2020, revisando a 588 para homologação de intermediação secundária, os investidores também poderão negociar seus DIVIs direto na plataforma. Entretanto, é permitido que investidores da mesma oferta façam negócios, ou seja, vendam ou comprem DIVIs dos projetos em andamento, sem a intermediação de ninguém, nem da DIVI•hub.


Redes sociais do G10 Favelas:

Site

Facebook

Instagram


Matérias relacionadas

Revisão ortográfica: Anne Preste


Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade exclusiva de seus autores e pode não ser necessariamente a opinião do Cidadão e Repórter.Sua publicação têm o propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo