Sintonia Naval - Portos do RS

Cleo Brito

07.04.2021

Apresentação

Para a série Sintonia Naval é relevante uma breve apresentação do que é a Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ, entidade que integra a administração federal indireta, vinculada ao Ministério da Infraestrutura.

A ANTAQ tem por finalidade implementar as políticas formuladas pelo Ministério da Infraestrutura, segundo os princípios e diretrizes estabelecidos na legislação sendo responsável por regular, supervisionar e fiscalizar as atividades de prestação de serviços de transporte aquaviário e de exploração da infraestrutura portuária e aquaviária.

Constituem esfera de atuação da ANTAQ: navegação fluvial, lacustre e de travessia; navegação de apoio marítimo, de apoio portuário, de cabotagem e de longo curso; os portos organizados e as instalações portuárias neles localizadas; os terminais de uso privado; as estações de transbordo de carga; as instalações portuárias públicas de pequeno porte e as instalações portuárias de turismo.

O Rio Grande do Sul apresenta uma importante malha hidroviária concentrada nas bacias hidrográficas do Guaíba e Litorânea. Os principais rios navegáveis: Jacuí e Taquari, Sinos, Caí e Gravataí em menor proporção. Lago Guaíba e Lagoa dos Patos são utilizados quase exclusivamente para o transporte de cargas através dos terminais públicos e privados. Os principais portos públicos são os do Rio Grande, Pelotas, Porto Alegre, onde operam também Terminais de Uso Privativo - TUPs, e o Porto de Estrela (administração vinculada ao Santos Port Authority - São Paulo)

A Portos RS é uma autarquia responsável por organizar, gerenciar e fiscalizar todo o sistema hidro-portuário do estado do Rio Grande do Sul. Este sistema conta com 3 portos públicos e 17 terminais de uso privado. São mais de 754 km de vias navegáveis com ampla capacidade de receber novos complexos industriais hidro-portuário do Estado do Rio Grande do Sul é o maior movimentador de cargas do sul do Brasil, movimentando mais de 58 milhões de toneladas, segundo os dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários.

PORTO DE PELOTAS

Localizado no município de Pelotas, na região meridional do estado do Rio Grande do Sul, à margem esquerda do Canal São Gonçalo, que interliga as lagoas Mirim e dos Patos. É um porto fluvial e exerce um importante papel na logística de movimentação hidroviária interior e no processo de desenvolvimento econômico da metade sul.

Sua área operacional dispõe de um cais acostável de 500 metros de extensão, 20 metros de largura, acomodando cinco berços de atracação e profundidade de 5,18 metros. A infraestrutura é composta por três armazéns, alfandegados, com 2.000 m2 de área, capacidade de 5.000t, cada um, e diversos pátios de armazenagem. O plano de zoneamento do porto também disponibiliza áreas distintas para terminais multipropósito e carga geral.

PORTO DE PORTO ALEGRE

Mesmo possuindo características fluviais, é classificado como porto marítimo, conforme Resolução Nº 2969 -ANTAQ, de 4 de julho de 2013. Com oito quilômetros de cais acostável, dividido entre os cais Mauá, Navegantes e Marcílio Dias. Possui capacidade de operação de até três navios de longo curso, simultaneamente.

O zoneamento do porto da Capital gaúcha dispõe de áreas distintas para terminais multipropósito, de grãos, de fertilizantes e carga geral. Nos últimos cinco anos, o porto de Porto Alegre juntamente com os terminais privados movimentou cerca de seis milhões de toneladas/ano, em produtos, tais como, cabos de amarração de plataforma marítima, fertilizantes, sal, grãos vegetais, transformadores elétricos e celulose.

PORTO DE RIO GRANDE

É um porto marítimo público, localizado na cidade de Rio Grande, no litoral sul do estado do Rio Grande do Sul, na margem oeste do Canal do Norte, que é o escoadouro natural da bacia hidrográfica da Lagoa dos Patos. Privilegiado por seus aspectos geográficos, o Porto do Rio Grande consolidou-se como estratégico pela sua forte atuação no extremo sul do Brasil, estando entre os mais importantes do continente americano em produtividade. Dotado de uma completa infraestrutura operacional, o porto gaúcho é considerado o segundo mais importante porto para o desenvolvimento do comércio internacional brasileiro.

A denominação "Rio Grande" vem do fato de, dois séculos atrás, os navegantes que se dirigiam à Colônia do Sacramento entenderem que a embocadura da Lagoa dos Patos fosse a foz de um grande rio. O primeiro registro de transposição da Barra do Rio Grande é de 1737, quando o Brigadeiro José da Silva Paes chegou para iniciar o povoamento desta região que passou a ser conhecida como Rio Grande de São Pedro ou São Pedro do Rio Grande, e construiu a fortificação de madeira denominada de Forte Jesus Maria José. Segundo historiadores, muitos que visitavam a região não acreditavam no seu desenvolvimento, ou mesmo que viesse a se constituir uma cidade, devido às condições naturais pouco favoráveis.

A Portos RS realiza intenso trabalho para ampliar a movimentação de cargas hidroviárias no Estado. Nesse sentido, elaborou, em 2020, o Guia do Sistema Hidroportuário do RS, disponível em versão impressa e digital.

Fotos cedidas por: Portos RS

Referência: http://www.portosrs.com.br/


Revisão ortográfica: Geyse Tavares

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Flávio R. Berger - fundador da empresa Fotoimagem, há 34 anos se dedica a captar imagens de Portos e Terminais do Brasil, utilizando equipamento fotográfico de última geração. Além de drones, possui motor home/trailer para o deslocamento e permanência nos locais para a execução do serviço aéreo ou terrestre. Flávio e Vanda Rodrigues Cerqueira lançaram a quarta edição do livro “Portos e Terminais do Brasil ” – Trilíngue (mandarim, inglês, português) com 528 páginas, DVD com fotos e filmagens aéreas.