“Alfabetização Midiática é mergulhar mais fundo nas mensagens de mídia, para determinar o que é verdadeiro, e qual é o propósito de disseminar conteúdo que não é verdadeiro”
(Pam Steager)
A grande quantidade de informações que recebemos diariamente pode nos levar a uma situação de comodismo, a um não querer sair da bolha, ou seja, não perder tempo em verificar uma informação através de diversas fontes, para que se tenha uma melhor perspectiva do que está sendo noticiado.
Segundo a pesquisadora americana Pam Steager que veio ao Brasil para participar do TechCamp, programa americano de educação midiática de combate à desinformação, as crianças, os adolescentes e os mais velhos são os mais suscetíveis a acreditar em fake news e espalhá-las.
Enquanto os mais jovens passam boa parte de seu tempo livre em contato com as telas, sujeitando-se a um bombardeio de mensagens microdirecionadas, a maioria delas visando despertar emoções e com isso ganhar sua confiança, os mais velhos foram criados no valor da palavra, no “fio do bigode” como diziam. É uma geração que foi educada para se fiar mais no quem fala do que no que está sendo dito.
Ainda segundo Steager, os pais devem estabelecer limites para o tempo que crianças e adolescentes passam em frente a uma tela, assim como as escolas deveriam incluir nos seus currículos os conceitos básicos da Educação Midiática.
A pesquisadora americana faz uma analogia entre o querer uma dieta saudável – teoricamente um objetivo de todos – e o conteúdo do que recebemos e que visa alimentar nossa mente e nossas emoções.
Veja a seguir algumas recomendações da Educação Midiática:
Faça uma leitura crítica das informações.
Procure saber quem é o autor e qual é seu propósito (persuadir, informar ou entreter).
Aja com ceticismo quando notícias apelam para as emoções, nossas crenças e preconceitos, pois a maioria tem conteúdo manipulador.
Atente para notícias que mesmo consideradas falsas, continuam a serem replicadas.
Aumente sua conscientização sobre anúncios e marketing.
Verifique notícias vinculadas a pesquisas ou fontes aparentemente confiáveis.
Desconfie de citações de pessoas famosas e que tenham respeitabilidade.
Lembre-se que eleições são um prato cheio para uma avalanche de desinformações e de manipulação maciça.