Adquiri a palavra medo nessa quarentena. E eu que nunca tive medo do desconhecido, amei, desbravei, sofri e não desisti. Fiz e realizei sem temer nada porque sabia que o amanhã seria melhor.
Hoje não sei do amanhã e nem sei quando virá e tenho medo.
Que caminhos irei caminhar depois de tudo isso, onde o destino me levará? Tenho mais perguntas que respostas.
A quarentena me obrigou a não ter o prazer de ir e vir, de abraçar as minhas filhas, meus amigos, que são tão presentes, porém a distância.
E continuo organizando e lavando os meus discos, o que não sei se faria se não fosse essa solidão, vou também assistindo filmes, documentários, cada vez mais.
Vou realizando meditação com a terapia de som, sons que curam onde as vibrações me aquietam.
Vou buscando ganhos dentro do meu apartamento, que tem sido o meu casulo. Espero poder me transformar e voar.
Bom! Vida que segue sem poder escolher a liberdade como minha companheira.
Revisão: Maitê Ribeiro