A utopia do novo


Adeus ano velho, feliz ano novo…


Bruna Antonelli

28.12.2021

Foto de Tairon Fernandez no Pexels

Quando chegou dezembro, veio a reflexão. Último mês do ano. Um novo ano se aproximando. Quando chegou dezembro, muitos sentimentos vieram juntos. Já é dezembro? Já é dezembro! Que loucura, pensei. 2022 está aí. Muito perto. Mais perto quando vocês estiverem lendo esse texto.

O que um novo ano significa?

Ainda mais depois de dois intensos anos confusos, preocupantes, inconsoláveis dois anos, de perdas, recomeços, angústias, produtividade, preocupação, etc. Incontáveis sentimentos. Dois anos que parece que de tão sofridos nem aconteceram. Quando chegou dezembro, pensei no que 2022 trará. Será mesmo um “novo” ano? O que significa um ano novo?

Há, em nossa cultura, uma utopia nesse novo ano. Uma utopia, para o dicionário, é um lugar ou estado ideal que proporciona bem-estar, felicidade. Pensar em algo ideal, idealizar algo é entender que poderá se realizar ou não, é fantasiar sobre algo. Quando refleti sobre a utopia que sempre circunda o ano novo, logo falei: que bobagem né?! A gente sabe que de novo não tem nada no ano, aumenta-se mais um número ao final, é só mais um dia 01, mais um mês como todos os outros que começamos e encerramos. Mas ao mesmo tempo me senti mal. É como contar para a criança que não é o papai-noel quem trás o presente. O brilho se vai.

O ano novo tem uma magia. Idealizar o ano, tem sua magia. É um re-novo. É aquela musiquinha que todo mundo canta e que ao cantar tenta, de alguma forma, dar adeus mesmo: “Adeus ano velho, feliz ano novo…”. Óbvio que a utopia do novo também vem com surpresinhas. Mas, que deixemos para nos surpreender quando acontecerem.

“Feliz ano novo”. Um utópico feliz ano novo para todos. Nos encontramos, neste mesmo jornal, em 2022, talvez os mesmos, mas cada um com sua esperança.

Um abraço e até!


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