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Crônicas

Dia comprido

por Eugenia Pickina

24.06.2020 

A vida é uma aprendizagem diária. Afasto-me do caos e sigo um simples pensamento: quanto mais simples, melhor! José Saramago

 

Era o marido da dona Analu quem gostava das flores. Mas era a dona Analu quem chamava um japonês (esqueci seu nome) para cuidar do jardim, um rapaz dotado de natureza amável e brincalhona, a cara protegida por seu grande chapéu de palha. 

Ele morava no outro lado da cidade, na região do aeroporto. Ele chegava bem cedo e, antes de começar o serviço, seu rosto magro se suavizava, os olhos atentos indagando a velha tipuana, rosas brancas e vermelhas, hortênsias e azaleias à sombra. Braços retos e rentes ao corpo, ele contava em voz baixa uns passos firmes na grama alta. Foi por intermédio dele que a dona Analu descobriu quão valiosa é a paciência para levar uma vida boa e serena.

No largo jardim, antes do meio-dia, o rapaz não ligava de ser apanhado por palavras ríspidas, a voz da dona Analu alertando para as ervas daninhas, a necessidade de retocar árvore e arbustos, a atenção do jovem jardineiro aplicada totalmente aos canteiros mais sofridos. No começo, dona Analu queria contestar, fazer pequenas pausas para água ou café.

“Trouxe um copo de água fresca. Não gelada – fresca.”

Algumas margaridas haviam se desgarrado e passaram a crescer fora da cerca, quase na varanda, então dona Analu gritava: “Não esqueça o canteiro das margaridas!”

O rapaz se mantinha concentrado, o suor espalhado por todo o rosto. Da cozinha dona Analu via seu chapéu de palha movendo-se caprichoso ao longo da cerca de madeira. Ele estava lá fora naquele calor, remexendo os canteiros de flores bem-humorado e paciente. “Seria este o seu segredo? Quando ando, ando; quando canto, canto.”

Dona Analu esperou um pouco e saiu da cozinha. O rapaz estava no canteiro dos narcisos, retirando folhas e flores mortas.

“Dona Analu, o jardim estava sujo, mas agora os canteiros estão limpos e arejados.”

Depois de dizer isso, ela pareceu mais relaxada. Então dona Analu percebeu algumas mudanças nos canteiros de flores de que não gostou muito. Ela rosnou em direção ao jovem jardineiro e só me ocorreu agora o bizarro que é a gente, e de maneira tão inadvertida, migrar da polidez à ira, incapazes que somos de controlar nossas emoções…

Naquele fim de dia, o céu escurecendo, enquanto o moço jardineiro descia a rua conhecida como Avenida Manoel Ribas, ele pensava: “Não acho que a intenção da dona Analu é me maltratar ou, de repente, explodir irritadiça, rude. Mas quando a pessoa é infeliz, há muito tempo infeliz, pode não ligar para os sentimentos dos outros. Por força do costume é capaz de se voltar contra pessoas que são gentis para ela ou que fazem o possível para tornar a vida dela mais razoável. A dona Analu tem muita raiva. Acho que ela não sabe disso.”

O jovem jardineiro ponderou isso discreta e respeitosamente. Na próxima quinzena, conforme sua natureza paciente e amável, ele voltará a zelar do jardim do marido da dona Analu com um sorriso, pois o esquecido é perdoado, definitivamente.

 

Notinha

Que função a paciência pode atribuir à mente, ao corpo? Diretamente relacionada à moderação e à mansuetude, a paciência parte da compreensão de que tudo tem um tempo. Virtude de quem habita o presente, supõe fazer o que depende de nós para alcançar, nas melhores condições, o que não depende de nós. À medida que apenas seremos pacientes se praticarmos a paciência, ao impaciente lhe dominam, sem controle, a impaciência, a irritação e, em momentos adversos, o próprio desespero”. Mas àquele que reconheça mais resolutivo à sua vida mostrar-se paciente, a boa notícia é que a paciência pode ser treinada a qualquer tempo para se converter em hábito, livrando-nos então do descontrole da ira ou das pequenas raivas cotidianas (quase sempre represadas), que aumentam o risco de padecer a pessoa de problemas de saúde como as enfermidades cardiovasculares. Porque, sem exceção, a vida exige humor e paciência. 


Revisão: Maitê Ribeiro

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