Começar o ano

por Eugenia Pickina

20.01.2020

Nossa grande e gloriosa obra-prima é viver adequadamente. Montaigne

De um certo ponto de vista, o ano somente alude a dias no calendário. No entanto, quem faz o ano somos nós, nossas metas, nossos sonhos, nosso dia a dia. Logo, é razoável encontrar felicidade no cotidiano, esforçando-nos para vibrar com nosso ser profundo.

Temos entusiasmo em olhar para frente, mas não podemos esquecer que a vida está disponível apenas no presente e, por isso, é fundamental querer vivê-la com um espírito ao mesmo tempo aberto e crítico, agindo com coragem e espontaneidade, mas sem superestimar as próprias forças...

Qualquer um de nós deseja um ano cheio de realizações e, em consequência, faz todo sentido considerar que a simplicidade é a melhor solução num momento de indecisão.

Para manter-se sereno e confiante, de tempos em tempos, é salutar buscar o silêncio em cenários que evocam a natureza, evitando se afetar por coisas que ainda não aconteceram.

Frente às novidades e aos desafios que virão, é útil eleger algum ditado inspirador ou uma citação de alguém que você admira ou que possa estimular durante o ano uma autorreflexão ajustado ao próprio caminho. É importante fixar essas “palavras favoritas” em um local visível – agenda pessoal, mesa de trabalho, parede do quarto etc. Essas palavras funcionarão como uma fonte de inspiração e resiliência.

No decorrer do ano, é inteligente encontrar tempo para apreciar o mundo natural, ver as coisas como são, concentrando-se, sobretudo, no mérito das pessoas, ou seja, insistindo na sabedoria da fluidez e da receptividade...

Faça deste ano um bom ano e seja bom, pois a vida passa mesmo num piscar de olhos.


Revisão: Maitê Ribeiro