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Crônicas

Caminhos

por Eugenia Pickina

30.06.2020 

Ando toda manhã. Principalmente por razões contemplativas. Porque isso me permite pensamentos belos e generosos que a natureza me faz pensar.

 Levanto cedo. Ando devagar. Caminho cinquenta metros e chego à esquina onde há um manacá em floração: branco, rosa, púrpura, lilás ou magenta? Sem timidez, falo alto aqueles versinhos do Guilherme de Almeida:

 “Por que estás assim,

violeta? Que borboleta

morreu no jardim?”

Ando mais um pouco. O mundo está quieto a essa hora. Nenhuma mulher varre a calçada e as janelas das casas continuam cerradas.

Atravesso com paciência a larga praça do bairro, um bem-te-vi me observa curioso de um galho da imponente sibipiruna.

Se me perguntassem neste instante no que penso, responderia com uma frase do Pablo Picasso: “Não devemos ter medo de inventar seja o que for. Tudo o que existe em nós existe também na natureza, pois fazemos parte dela”.

O ipê-roxo-de-bola no pátio da escola parece um buquê de noiva gigante. Ele transforma o lugar emudecido em um espetáculo. Sinto-me simplesmente acolhida e penso no meu avô e sua fazendinha cheia de árvores. As mudinhas que ele distribuía sempre que alguém da cidade aparecia por lá, seu João explicando que assim como a cidade precisa de muita sombra, as aves, na árida paisagem urbana, dependem de um abrigo de sincera confiança.

Ando mais 100 metros e dou de cara com uma araucária. Velhíssima e solitária. Não sei por que, mas brota no peito uma certa nostalgia. Por motivos que não entendo bem, a luz da alegria de súbito se apaga. Vem a tristeza. Contudo, por saber que a vida não é triste, mas tem horas tristes, acelero o passo e a região do cemitério fica para trás.

Caminho um pouco mais e chego a um bosque sereno. Espera-me ali um outro sentimento, que me alcança pelos ouvidos: há uma infinidade de cantos de pássaros que se misturam ao barulho das folhas sopradas pelo vento de inverno que começa.

Agora, aparecem pessoas que correm. Outras que andam com olhos fixos no chão, compelidas provavelmente pelas pendências cotidianas.

Por sorte, no trajeto de volta para casa, enquanto admiro uma camélia, delicadamente inclinada à hora fresca da manhã, dou-me conta que é bom caminhar sozinha, pois cada um tem de fazer o seu próprio caminho, ainda que o caminho não leve a nada.

O que vale a pena? Os cenários à beira do caminho… O belo e o efêmero, que ensinam as alegrias, mas também os desapegos. Antes de adentrar o portão de casa para acolher o dia, só consigo então repetir o conselho de Antonio Machado:

“caminhante, não há caminho,

se faz caminho ao andar.”

 

Revisão: Maitê Ribeiro

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