"Fui terapeuta por vários anos. Ouvi os sofrimentos de muitas pessoas, cada um de um jeito. Mas por detrás de todas as queixas havia um único desejo: alegria. Quem tem alegria está em paz com o Universo, sente que a vida faz sentido." (Rubem Alves)
Um dos maiores presentes que podemos nos oferecer é procurar sentir alegria.
Muitos vivem em busca de felicidade, mas tal anseio, no geral mal-entendido, acaba por causar, no dia a dia, ansiedade, irritação, temor, tristeza, confusão...
A cada novo dia podemos tomar a decisão de experimentar alegria. Essa atitude persistente nos ajudará a reconhecer o valor de tudo o que temos, abrindo-nos também à percepção da transitoriedade de todas as coisas.
Quando caminhamos, comemos, respiramos, conversamos, trabalhamos orientados por um estado interno de alegria, naturalmente nos distanciamos do medo, da raiva, da tristeza, ajudando a harmonia a irradiar-se dentro de nós mesmos e ao nosso redor.
Nós podemos estar repletos de boa vontade, mas se não insistimos em praticar a alegria, com facilidade nos tornamos reféns das emoções densas, pesadas, elas que nos dominam rapidamente, atrapalhando a reconciliação com nosso próprio coração, mente, rotina e entorno.
Enquanto nos queixamos ou nos conservamos negativos, mais dificuldade temos para enxergar as oportunidades de alegria que estão bem à nossa frente — seja tomar café da manhã, andar na rua, conversar com um amigo ou fazer qualquer outra coisa durante o nosso dia.
Com a prática da alegria, crescemos naturalmente em gratidão, compreensão e paz, dando um significado mais profundo às nossas vidas.
Saudações carinhosas!
Notinhas
Há quatro emoções básicas: medo, raiva, tristeza, alegria (emoção positiva, contrário de tristeza e frustração, é fonte segura de entusiasmo).
Para cultivar a alegria, busque: deixar o passado no passado; estar atento ao presente (fazer-se presente); meditar; praticar exercícios de modo regular; evitar pessoas/conversas tóxicas; observar o que está a consumir a cada dia (alimentos/bebidas, leituras, músicas, redes sociais/uso do celular); treinar a gratidão; procurar extrair a alegria inerente às pequenas coisas cotidianas: abraçar um filho, escutar um amigo, tomar um sorvete, andar num parque, descansar sob uma árvore, nutrir-se com uma rica leitura, ver um bom filme, ouvir uma música que toca o coração; e ainda, sorrir, pois a prática do sorriso é terapêutica.
Revisão: Maitê Ribeiro