O Memorial da Resistência de São Paulo, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, lançou o edital Memórias do Presente: Comunicação em Direitos Humanos, voltado a pesquisadores, jornalistas, comunicadores e coletivos jornalísticos de todo o Brasil que atuam de forma independente. A primeira edição do edital é dedicada a conteúdos que abordem as memórias de resistência e repressão da ditadura civil-militar (1964-1985) em bairros periféricos de cidades do Estado de São Paulo, publicados no site e nas redes sociais do museu no formato de uma reportagem especial.
Interessados terão até o dia 25 de fevereiro para se inscreverem no site do Memorial da Resistência. As duas propostas contempladas serão divulgadas no dia 31 de março e avaliadas por uma comissão de seleção composta por Camilo Vannuchi, jornalista e escritor; Jéssica Moreira, jornalista, escritora e cofundadora do Nós, mulheres da periferia; e Raquel Melo, jornalista e coordenadora de comunicação do Instituto Vladimir Herzog. Cada proposta contemplada receberá o valor de R$ 5.000,00 e terá suas matérias publicadas no site do Memorial.
Instituição de memória política mais importante do país, o Memorial da Resistência busca com a realização inédita do edital fomentar pesquisas e conteúdos jornalísticos que contribuam para a defesa dos direitos humanos e para uma maior compreensão do público sobre a história política do país, em especial nas periferias paulistas.
Em um momento em que as narrativas sobre as ditaduras brasileiras se encontram em constante disputa e negacionismo, o museu enxerga na comunicação desses conteúdos uma oportunidade de fortalecer o exercício da democracia e de uma cidadania cada vez mais plural e participativa.
Mais informações sobre o edital, regulamento e orientações para inscrições estarão disponíveis a partir de terça-feira (25) em memorialdaresistenciasp.org.br
Sobre o Memorial da Resistência
O Memorial da Resistência de São Paulo tem como missão a valorização e a preservação das memórias da repressão e da resistência políticas no Brasil republicano (1889 à atualidade), especialmente no período da ditadura civil-militar (1964-85). Este trabalho é realizado por meio da educação, da pesquisa, além da organização de exposições temáticas norteadas pela defesa da cidadania, da democracia e dos direitos humanos. Entre 1940 e 1983, ali funcionava o Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops-SP), uma das polícias políticas mais truculentas do país. Por isso, nossa sede tem enorme valor histórico e simbólico.
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Serviço
Endereço: Largo General Osório, 66 - Santa Ifigênia, São Paulo -- SP
Horários de funcionamento: de quarta a segunda, das 10:00 às 18:00; fecha às terças-feiras
Telefone: (11) 3335-5910
Entrada gratuita.
Ingressos reservados somente pela internet para evitar aglomerações. Reservas aqui.
Todas as pessoas, inclusive menores de idade, precisam reservar seus ingressos. O atendimento na bilheteria está suspenso provisoriamente.
Fonte: memorialdaresitenciaspOs artigos publicados com assinatura são de responsabilidade exclusiva de seus autores e pode não ser necessariamente a opinião do Cidadão e Repórter.Sua publicação têm o propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.