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ARTES ‣ Literatura

A vida de um chuveirando 


De uma chuva que incomoda para uma reflexão sobre a padronização dos discursos da sociedade. 


Bruna Antonelli

13.11.2021

Eu gostaria, antes de começar a escrever sobre o que o livro causou por aqui, de aplaudir com palavras João Paulo Baliscei por sua sensibilidade em pôr em palavras e transmitir suas inquietações de forma tão didática, singela, mas também crítica. Obrigada, você me mostrou com sua nuvem e sua tempestade que a minha nuvem também pode chover e que mesmo que seja uma tempestade para algumas pessoas, para mim, pode ser gostosa. Até vi recentemente nas redes sociais que terá outro livro a ser lançado: “Não se nasce azul ou Rosa, torna-se”, já será minha próxima aquisição por aqui. 

Para contextualizar, gostaria de lembrá-los que na escrita anterior eu disse que não iria conseguir concluir os pensamentos e sentimentos sobre os desejos barrados e interrompidos, pois tudo aquilo posto em palavras diz respeito a um processo de vivência que, enquanto estiver em vida, está inacabado. Por esse motivo esse livro choveu em minha vida e causou uma tempestade por aqui tanto de sentimentos quanto de lágrimas. 

Eu estava em minha análise - olha aí, mais uma vez - falando sobre o quanto é difícil aceitar e autorizar meus desejos e que esses benditos desejos fogem do padrão dos discursos que escutei e escutei durante toda minha vida. No final, minha analista saiu da sala e foi buscar esse livro. Eu, muito apressada para ler, abri a primeira página e chorei. O choro veio das palavras lidas, mas também de uma angústia de alguns dias presa aqui dentro que se sentiu acolhida com as palavras. 

A vida de um chuveirando foi um livro escrito para todos aqueles que nasceram com suas nuvens em um mundo ensolarado, principalmente crianças e adolescentes em seus processos de descobertas. Foi escrito para todos que um dia decidiram esconder suas nuvens atrás de balões para não demonstrar suas diferenças em um mundo onde o “normal” era ser sol. João Paulo criou o personagem chuveirando devido a uma paixão na sua infância por outro rapaz. Com este personagem, ele conseguiu expressar algo que para a sociedade deveria ser contido. Por mais que a história do personagem contada traga uma sensibilidade e um olhar para a subjetividade e singularidade de cada sujeito, o autor tece também críticas necessárias ao colocar propositalmente as cores nas ilustrações de azul e rosa, socialmente ligados à distinção sexual entre meninos e meninas e também críticas ao discurso social de “acolhimento” falados por familiares e instituições. Discursos que no final contam com uma mensagem nas entrelinhas do acolhimento que, na verdade, querem dizer exclusão. Ao longo da história, o personagem Chuveirando, tentou lutar contra sua nuvem até que a escondeu para ser aceito (desculpe o spoiler, é mais forte que eu). 

Pensando em nossa cultura e pensando também na construção da subjetividade do indivíduo, tão falada e pontuada, o sujeito é inserido em uma linguagem que já existia anteriormente na constituição de sua família, mais conhecido como o mito familiar, ou seja, ordens, valores, concepções, entendimentos de mundo e sujeito. Para construir o seu mito individual o sujeito se utiliza do mito familiar. Pois bem, a linguagem que mais atravessa o sujeito e que mais se percebe, o ensina a se livrar do sofrimento e com isso ter uma vida feliz. Mas, diante dos discursos já existentes, o sofrimento que o sujeito precisa se livrar diz respeito aos seus desejos que são abdicados e contidos por não terem espaço para chover. Já pararam para pensar o quanto é atribuído o nome de sofrimento, diferença, esquisitice para algo que diz respeito ao sujeito, ao seu desejo, sua existência e vemos isso na orientação sexual, no emprego, no sonho, entre tantos outros. 

A “diferença” do outro denuncia o ser desejante que ele é para uma sociedade que abdica de seus desejos em busca de uma normalidade e aceitação. E sermos seres desejantes, como com Chuveirando, só mostra que as chuvas e tempestades podem ser gostosas e que o sol por mais gostoso que possa ser, às vezes não ilumina, só queima. 

Fica a indicação da leitura e também o questionamento que o autor traz ao final: qual a sua nuvem? 

Até o próximo despertar.


Revisao ortográfica: Anne Preste


Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade exclusiva de seus autores e pode não ser necessariamente a opinião do jornal Cidadão e Repórter.Sua publicação têm o propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

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