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ARTES ‣ Notícias

Obra de arte invisível e arte digital


Artista italiano Salvatore Garau vende arte invisível por 15 mil euros, cerca de 90 mil reais e afirma:  “já tem muito nada que é vendido por qualquer valor”.


Bruna Albuquerque

07.07.2021
Obra de arte invisível via Jornal Extra, retirado do Instagram do artista

Em meados de junho de 2021, o meme do cachorrinho chamado de “Doge” foi vendido em um leilão por US$ 4 milhões. O meme mais caro da história. Na mesma época, a famosa casa de leilões Christie’s vendeu uma coleção de NFTs do artista FEWOCiOUS por US$ 2,16 milhões. No início do mês de junho de 2021, o artista italiano Salvatore Garau vendeu uma escultura por 15 mil euros. Barata se considerarmos os preços pagos nas obras anteriores, mas interessante é que essa arte em especial não existe.

O movimento artístico da arte digital, que abriu espaço para os fenômenos que ocorreram neste ano, surgiu na década de 1980, a partir do programa de computador Aaron, inventado por um artista contemporâneo, Harold Cohen. Inclui diversas formas de expressão artística, como vídeos digitais, instalações, pinturas, fotografias, dentre outros. Em suma, é a arte criada com um computador ou para o ambiente virtual.

Com a modernização e a expansão tecnológica surgiu o NFT (non fungible token), traduzindo para o português token não fungível, uma maneira de assinar digitalmente uma determinada coisa - existente ou não no mundo material. Em outras palavras, a tecnologia NFT garante um certificado digital que assegura autenticidade, como uma descrição de posse. Isso abriu espaço para artistas inseridos no ambiente digital, que usam a mesma para a produção artística, gerarem certificados para sua obra, garantindo que aquela é somente aquela que possui o selo é a verdadeira, a original. Como a assinatura de um pintor no canto de um quadro demonstra que o trabalho pertence-lhe. Os conceitos de originalidade e unicidade no mercado de arte, estão diretamente relacionados aos fatores de colecionismo e status, aumentando o valor, tanto em dinheiro, quanto em relevância da obra de arte em questão.

A escultura de Salvatore, chamada Lo Sono (Eu Sou) só existe na mente do artista que a produziu. Com o certificado de autenticação que o comprador ganhou, vem o recado do artista de que a obra deve ficar em um espaço de 1,5 m x 1,5 m. Assim como uma obra de arte material não pode ficar exposta em qualquer ambiente, a sua também necessita de um espaço adequado. A venda chocou o público e dividiu opiniões entre os entendedores de arte. Mas segundo ele, não vendeu uma obra de arte invisível, vazia, o que ele vendeu existe sim, é um conceito. Ele vendeu o vácuo, como o próprio afirmou: “O vácuo nada mais é do que um espaço cheio de energia, mesmo que o esvaziemos, e ali não resta nada, conforme o princípio da incerteza de Heisenberg, que nada tem peso. Portanto, tem energia que se condensa e se transforma em partículas, ou seja, em nós”. De certa forma, o vácuo está presente no nosso ideal de diversas maneiras. Quem acredita em Deus, nunca o viu, mas não duvida de sua existência. Os espíritas não necessariamente veem os espíritos, porém sua energia é sentida. Independente da crença, somos todos vácuos, compostos de energia em algum grau, ainda que não materialmente. A inovação de Salvatore já foi observada na arte anteriormente. Em 1918, o artista Kazimir Malevich criou a pintura Branco sobre Branco, que consistia numa pintura branca sobre um fundo branco. A pintura que antes era carregada visualmente, passa a ser reduzida a pura abstração geométrica e ao vazio. A perfeita representação do não real. Inserido no Suprematismo, para ele o sentimento e a percepção eram mais importantes. Salvatore nos convida a indagar: paga-se fortunas pela materialidade da obra em si ou pelo conceito que a envolve? A presença física é tão importante assim ou consideramos o peso da assinatura?

Tudo o que envolve arte está longe de ser simples. É uma trama complexa, uma rede que se emaranha em diferentes instâncias, o artista produtor, espectador, o crítico, os espaços de museus e galerias. A arte é institucionalizada por tudo isso que a cerca. Uma arte só é considerada arte aos olhos do mundo se ela for aceita. Após aceita, ela pertence. Seu trabalho entra em conflito com a experiência paradoxal da arte e contradiz os ideais normativos. A obra de Salvatore não pertence a nada, porque ela não existe. O nome da obra já fala muito por si só. “Eu sou”, a obra de Salvatore é. E como afirmou o próprio artista, ele não está fazendo nada de novo, pois “já tem muito nada que é vendido por qualquer valor”.


Revisão ortográfica: Anne Preste

Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade exclusiva de seus autores e pode não ser necessariamente a opinião do Cidadão e Repórter.Sua publicação têm o propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

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