Panorama da Música Brasileira do século XX

Os Catedráticos e Os Gatos

Bernadete Siqueira

22.04.2021

O panorama dos conjuntos os Catedráticos e Os Gatos

Como o título desta matéria sugere, a palavra panorama é poder se colocar em um ponto central e observar do alto; no caso da música é permitir que ela nos conte a história de um tempo. E através do som podemos reencontrar nossa própria história.

Partindo desse ponto vamos ouvir o que inúmeros talentos da música popular brasileira do século XX nos deixaram tanto para refletirmos como essas músicas foram no passado, como nos emocionam no presente e como iremos deixá-las para gerações futuras.

Sim, para futuras gerações! A música não morre.

Hoje, o Cidadão e Repórter prossegue seu Panorama da Música Brasileira no século XX apresentando os conjuntos Os Catedráticos e Os Gatos, conjuntos formados pelo grandioso músico Eumir Deodato.

Os Catedráticos

Imagem da capa do vinil Eumir Dedodato e Os Catedráticos de 1973 (Discogs)

Os Catedráticos, de Eumir Deodato, um dos músicos brasileiros mais competente e importante no mundo. Nessa época, com apenas 21 anos, ele já mandava muito bem, comandando o grupo e criando todos os arranjos. Além dos seus discos, ele também esteve por trás de outras dezenas de gravações para uma infinidade de artistas e discos. De 1963 a 1967 ele era um dos músicos mais requisitados, exercendo as funções de instrumentista e arranjador. Eumir Deodato e seus Catedráticos ultrapassam os limites do senso comum de outros grupos semelhantes da época.

A primeira formação do grupo instrumental formado nos anos 1960 por Eumir Deodato (órgão, piano, arranjos e regência), Sérgio Barrozo (baixo), Geraldo Vespar (violão), Maurílio (trompete), Walter Rosa (sax tenor), Aurino Ferreira (sax barítono), Edson Maciel (trombone), Rubens Bassini (tumbadora e pandeiro), Humberto Garin (guiro), Jorginho (tumbadora) e Wilson das Neves (bateria).

Os Gatos

Imagem da capa do vinil Aquêle Som Dos Gatos de 1966 (Discogs)

Os Gatos foram um grupo de bossa nova, e muita bossa, formado por Eumir Deodato e Durval Ferreira e outras feras, nos áureos anos do Beco das Garrafas, em Copacabana-RJ, nos meados da década de 1960.

Os felinos, certamente, não dão tamborim. Em compensação, Os Gatos dão som. E que som que essa turma deixou: Eumir Deodato (arranjos), Meirelles (flauta), Copinha (flauta), Paulo Moura (sax-alto), Neco (violão), Maciel (trombone), Norato (trombone), Wilson (bateria), participações especiais de Maurílio (flugel horn) e Maurício Einhorn (gaita).


Revisão ortográfica: Anne Preste

Trabalho elaborado pelo músico Chuim (Luiz Carlos de Siqueira), baterista, percussionista, professor, compositor, autor, produtor musical e estudioso da história da música brasileira.

Iniciou sua carreira como músico aos 15 anos e fez parte de vários conjuntos musicais. Estudou música erudita, gravou uma série de programas para Rádio Eldorado e TV Cultura.

Fez temporada nos Estados Unidos, França e Dinamarca. Foi professor na Unicamp-SP, na St. Paul Escola Britânica-SP e St. Francis International College-SP.

Atualmente desenvolve o projeto Samba-Jazz, atua no “Chuim Quarteto” e na “Orquestra Cadência Brasileira”.

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Chuim deixa seus agradecimentos a José Roberto Rocco que fez a edição musical e a Edgard Garcia do Estúdio E que cedeu gentilmente o estúdio para as gravações deste projeto.