Panorama da Música Brasileira do século XX

Sérgio mendes

por Bernadete Siqueira

04.03.2021

O panorama de sérgio mendes

Como o título desta matéria sugere, a palavra panorama é poder se colocar em um ponto central e observar do alto; no caso da música é permitir que ela nos conte a história de um tempo. E através do som podemos reencontrar nossa própria história.

Partindo desse ponto vamos ouvir o que inúmeros talentos da música popular brasileira do século XX nos deixaram tanto para refletirmos como essas músicas foram no passado, como nos emocionam no presente e como iremos deixá-las para gerações futuras.

Sim, para futuras gerações! A música não morre.

Hoje, o Cidadão e Repórter prossegue seu Panorama da Música Brasileira no século XX mostrando Sérgio Mendes, músico que criou uma sonoridade tão poderosa quanto a próprio bossa nova.

É um músico e compositor brasileiro de bossa nova. Bandleader, pianista, arranjador, compositor e produtor musical. Sérgio Mendes começou com o Sexteto Bossa Rio, gravando o disco Dance Moderno em 1961.

Mudou-se para os EUA em 1964, onde começou o grupo Sérgio Mendes & Brasil 66, alcançando sucesso ao lançar a canção "Mas que nada", de Jorge Ben Jor, em versão bossa nova. Foi a primeira canção de um brasileiro a constar na lista de mais populares da célebre revista Billboard, em 1966.

É possível fazer uma enorme lista de feitos que denotam a popularidade de Sergio Mendes e seus 30 discos lançados. Além dos grandes sucessos, pode-se mencionar sua apresentação no Oscar de 1968, sua música tema das Olimpíadas de Los Angeles, seus três Grammys – fora as indicações -, apresentações prestigiadas como as do Royal Festival Hall, abrindo para Frank Sinatra, e no Carneggie Hall, além dos trabalhos das últimas décadas, que incluem convidados como Will.I.Am, Erykah Badu, Carlinhos Brown, Black Eyed Peas e Stevie Wonder

Outro encontro com o grande público se deu em 1984, com o lançamento do disco e sucesso Never Gonna Let You Go, chegando a quarto lugar nas paradas

No dia 11 de fevereiro deste ano Sergio Mendes completou 80 anos, bem apropriado para colocar nas plataformas um álbum cheio de convidados especiais e composições novas a fim de confirmar o quanto seu som se tornou uma marca ainda reverenciada por um extenso arco de artistas da nova geração, de rappers a astros do reggaeton, que o querem por perto.

Podemos enxergar Sergio Mendes como alguém que recortou um pedaço da música brasileira para mostrá-la como representação do Brasil. Mas também é impossível não destacar que ele colocou em evidência obras de artistas estrangeiros, alguns dos mais consagrados, inclusive. Sua gravação de The Fool on the Hill, dos Beatles, foi elogiada pelo próprio Paul McCartney. Numa carta, o ex-beatle disse-lhe que era sua versão favorita da música.

Sérgio Mendes com o seu Sexteto Bossa Rio é considerado um dos melhores discos instrumentais já feito e que influenciou muitos músicos.


Revisão ortográfica: Geyse Tavares

Trabalho elaborado pelo músico Chuim (Luiz Carlos de Siqueira), baterista, percussionista, professor, compositor, autor, produtor musical e estudioso da história da música brasileira.

Iniciou sua carreira como músico aos 15 anos e fez parte de vários conjuntos musicais. Estudou música erudita, gravou uma série de programas para Rádio Eldorado e TV Cultura.

Fez temporada nos Estados Unidos, França e Dinamarca. Foi professor na Unicamp-SP, na St. Paul Escola Britânica-SP e St. Francis International College-SP.

Atualmente desenvolve o projeto Samba-Jazz, atua no “Chuim Quarteto” e na “Orquestra Cadência Brasileira”.

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Chuim deixa seus agradecimentos a José Roberto Rocco que fez a edição musical e a Edgard Garcia do Estúdio E que cedeu gentilmente o estúdio para as gravações deste projeto.