Panorama da Música Brasileira do século XX

Radamés Gnattali Sexteto

por Bernadete Siqueira

05.02.2021

O panorama de Radamés Gnattali Sexteto

Como o título desta matéria sugere, a palavra panorama é poder se colocar em um ponto central e observar do alto; no caso da música é permitir que ela nos conte a história de um tempo. E através do som podemos reencontrar nossa própria história.

Partindo desse ponto vamos ouvir o que inúmeros talentos da música popular brasileira do século XX nos deixaram tanto para refletirmos como essas músicas foram no passado, como nos emocionam no presente e como iremos deixá-las para gerações futuras.

Sim, para futuras gerações! A música não morre.

Hoje, o Cidadão e Repórter prossegue seu Panorama da Música Brasileira no século XX mostrando a dimensão criativa da música brasileira com Radamés Gnattali Sexteto.

Sexteto Radamés Gnattali. Fotógrafo não identificado. Cedoc-Funarte

Em setembro de 2020, divulgamos neste mesmo panorama, sobre o Radamés como pianista, arranjador e compositor, agora vamos apresentá-lo com o sexteto que formou em 1949. Radamés criou inicialmente o Quarteto Continental, ele no piano, Luciano Perrone na bateria, José Menezes na guitarra e Vidal no contrabaixo.

Em 1950, o quarteto virou quinteto com a entrada de Chiquinho do Acordeom. Com a entrada de Aída Gnattali, em 1960, fazendo um segundo piano, foi formado o Radamés Gnattali Sexteto. Nesse mesmo ano, o grupo viajou para a Europa, integrando a 3ª Caravana Oficial da Música Popular Brasileira, e se apresentou em Portugal, França, Alemanha, Itália e Inglaterra.

Radamés Gnattali é certamente um dos principais arranjadores da música brasileira. O compositor esteve à frente da concepção de incontáveis gravações, transmissões radiofônicas e apresentações, sendo improvável uma estimativa do tamanho de sua produção nesse âmbito. Além dos arranjos e orquestrações de obras de outros autores, também realizou reelaborações musicais, recriou arranjos e mudou instrumentações de suas obras.

Luciano Perrone é considerado por muitos o pai da bateria brasileira. Foi o primeiro a gravar um samba na caixa e ajudou seu colaborador de longa data, Radamés Gnattali, a renovar o estilo de orquestração brasileira, usando mais espaço para a bateria.

José Menezes foi um multi-instrumentista e compositor brasileiro. Tocava violão de seis e sete cordas, violão tenor, bandolim, banjo, cavaquinho, viola de 10 cordas, guitarra amplificada, guitarra portuguesa e contrabaixo.

Vital foi considerado um dos maiores contrabaixistas brasileiros de todos os tempos.

Chiquinho do acordeom foi um compositor e arranjador brasileiro.

Aída Gnattali conceituada pianista, irmã do maestro Radamés.


Revisão ortográfica: Geyse Tavares

Trabalho elaborado pelo músico Chuim (Luiz Carlos de Siqueira), baterista, percussionista, professor, compositor, autor, produtor musical e estudioso da história da música brasileira.

Iniciou sua carreira como músico aos 15 anos e fez parte de vários conjuntos musicais. Estudou música erudita, gravou uma série de programas para Rádio Eldorado e TV Cultura.

Fez temporada nos Estados Unidos, França e Dinamarca. Foi professor na Unicamp-SP, na St. Paul Escola Britânica-SP e St. Francis International College-SP.

Atualmente desenvolve o projeto Samba-Jazz, atua no “Chuim Quarteto” e na “Orquestra Cadência Brasileira”.

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Chuim deixa seus agradecimentos a José Roberto Rocco que fez a edição musical e a Edgard Garcia do Estúdio E que cedeu gentilmente o estúdio para as gravações deste projeto.