Como o título desta matéria sugere, a palavra panorama é poder se colocar em um ponto central e observar do alto; no caso da música é permitir que ela nos conte a história de um tempo. E através do som podemos reencontrar nossa própria história.

Partindo desse ponto vamos ouvir o que inúmeros talentos da música popular brasileira do século XX nos deixaram tanto para refletirmos como essas músicas foram no passado, como nos emocionam no presente e como iremos deixá-las para gerações futuras.

Sim, para futuras gerações! A música não morre.

Hoje, o Cidadão e Repórter prossegue seu Panorama da Música Brasileira no século XX mostrando o conjunto Norberto Baldauf , que embalou os bailes dos anos 1950 e 1960, com músicas que hoje não se escuta mais.

O Conjunto Norberto Baldauf, foi um conjunto musical predominantemente instrumental de música popular brasileira e internacional. Dedicou-se por muito tempo a apresentações radiofônicas, executando músicas ao vivo e televisivas, além de animação de bailes no sul do País. O grupo teve mais de 50 anos de atuação, passeando por gêneros como jazz, samba, bolero, música italiana e trilha de cinema.

Os bailes da Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul que ajudou o grupo a atingir a fama.

O porto-alegrense Norberto Baldauf era pianista e tecladista e iniciou seus estudos musicais ainda na infância. Na segunda metade dos anos 1940, já trabalhava em rádio. Em 1952, viajou à Alemanha, onde permaneceu durante um ano. Retornou a Porto Alegre com a ideia de montar o conjunto.

Inicialmente o grupo era composto por Norberto, Raul Lima na guitarrista, Léo Veloso no contrabaixo, Vilson Baraldo na bateria e do maravilhoso acordeonista Vitor Canela. Mais tarde entrou o crooner Edgar Pozzer e Touguinha como ritmista.

O conjunto passou várias formações de músicos, sendo o Norberto, Raul Lima e o cantor Edgar Pozzer que permaneceram até o final, nesta que é considerada uma verdadeira instituição da nossa cultura musical.

A atuação do conjunto influenciou uma geração de músicos, principalmente na fase anterior ao rock.

O grupo terminou por volta de 2010.

Revisão ortográfica: Geyse Tavares