Panorama da Música Brasileira do século XX

quarteto livre

Bernadete Siqueira

13.05.2021

O panorama do quarteto livre

Como o título desta matéria sugere, a palavra panorama é poder se colocar em um ponto central e observar do alto; no caso da música é permitir que ela nos conte a história de um tempo. E através do som podemos reencontrar nossa própria história.

Partindo desse ponto vamos ouvir o que inúmeros talentos da música popular brasileira do século XX nos deixaram tanto para refletirmos como essas músicas foram no passado, como nos emocionam no presente e como iremos deixá-las para gerações futuras.

Sim, para futuras gerações! A música não morre.

Hoje, o Cidadão e Repórter prossegue seu Panorama da Música Brasileira no século XX apresentando o Quarteto Livre que destacou a beleza da música brasileira no mundo.

O Quarteto Livre era formado com Mozart Terra pianista, arranjador, compositor, Sizão Machado contrabaixista, Teço Cardoso saxofonista e o baterista Tutty Moreno.

Mozar Terra iniciou a carreira profissional aos 14 anos, tocando em bailes de sua cidade natal Lavras MG. Radicou-se na França, onde gravou dois álbuns, Ponto dos Músicos e Minuano. Já no Brasil, participou do “Projeto Tom Brasil”, gravando CDs com Egberto Gismonti, Paulo Moura, Wagner Tiso e Raphael Rabello, entre outros; e “Projeto Chorando Alto”.

Mozar como compositor tem suas músicas executadas pela Orquestra Jazz Sinfônica.

Sizão Machado é um contrabaixista, arranjador e compositor, conhecido internacionalmente por atuar ao lado de artistas nacionais e internacionais. Como professor, realizou diversas oficinas pelo mundo, como o workshop na Juilliard School, em Nova Iorque, e o curso de música brasileira no Conservatório de Música Rítmica em Copenhague, na Dinamarca.

Teco Cardoso é saxofonista e flautista, estudou no Centro Livre de Aprendizagem Musical - CLAM (fundado e dirigido pelo Zimbo Trio). Tem se dedicado ao desenvolvimento de uma linguagem própria e brasileira para seus instrumentos (toda a família dos saxofones, flautas transversais e mais uma bela coleção de flautas indígenas brasileiras, pifes e flautas de bambu).

Na década de 80, ingressou no Grupo Pau Brasil, com o qual gravou vários discos e fez diversas turnês pela Europa. Nos últimos anos, tem frequentemente excursionado pelo Japão, EUA e Europa, participando de importantes festivais de Jazz e World Music como solista, com grupos instrumentais ou acompanhando grandes nomes da MPB.

Tutty Moreno manifestou aptidão para a música ainda na infância, quando começou a tocar trompete e, em seguida, sax alto, até encontrar seu instrumento definitivo: a bateria. Tinha 16 anos e iniciava ali uma carreira em que se destacam a atuação em discos e shows históricos da MPB; a produção de seis álbuns, entre os quais Nonada, indicado ao Grammy Latino de 2008 na categoria Melhor Álbum de Jazz.

Nos anos 90, integrou banda Quarteto Livre, que produziu, em 1996, o álbum Para Que Mentir?

O Quarteto Livre acompanhava a cantora Joyce e aproveitaram esse encontro para gravar esse disco em 1996. O grupo pouco se apresentou devido aos compromissos individuais.


Revisão ortográfica: Anne Preste

Trabalho elaborado pelo músico Chuim (Luiz Carlos de Siqueira), baterista, percussionista, professor, compositor, autor, produtor musical e estudioso da história da música brasileira.

Iniciou sua carreira como músico aos 15 anos e fez parte de vários conjuntos musicais. Estudou música erudita, gravou uma série de programas para Rádio Eldorado e TV Cultura.

Fez temporada nos Estados Unidos, França e Dinamarca. Foi professor na Unicamp-SP, na St. Paul Escola Britânica-SP e St. Francis International College-SP.

Atualmente desenvolve o projeto Samba-Jazz, atua no “Chuim Quarteto” e na “Orquestra Cadência Brasileira”.

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Chuim deixa seus agradecimentos a José Roberto Rocco que fez a edição musical e a Edgard Garcia do Estúdio E que cedeu gentilmente o estúdio para as gravações deste projeto.
Chuim na bateria