Como o título desta matéria sugere, a palavra panorama é poder se colocar em um ponto central e observar do alto; no caso da música é permitir que ela nos conte a história de um tempo. E através do som podemos reencontrar nossa própria história.

Partindo desse ponto vamos ouvir o que inúmeros talentos da música popular brasileira do século XX nos deixaram tanto para refletirmos como essas músicas foram no passado, como nos emocionam no presente e como iremos deixá-las para gerações futuras.

Sim, para futuras gerações! A música não morre.

Hoje, o Cidadão e Repórter prossegue seu Panorama da Música Brasileira no século XX apresentando o grupo Dani & Debora Gurgel Quarteto que conseguem transmitir as pessoas a emoção que sentem ao tocar.

Débora é uma premiada pianista, flautista, arranjadora, compositora, produtora musical e educadora. Ela escreve música brasileira contemporânea, com fortes raízes na música popular brasileira e improvisação de jazz. Possui uma enorme discografia lançada no Brasil e no Japão.

Começou a estudar piano aos oito anos. Aos 14 anos foi estudar na CLAM – Centro Livre de Aprendizagem Musical.

Escreveu vários livros didáticos sobre a linguagem musical brasileira. Atualmente leciona em renomadas escolas do Brasil. Gurgel também é maestro e arranjadora da OBA Orquestra Brasileira do Auditório Ibirapuera, e arranjadora regular da Orquestra Jazz Sinfônica e Orquestra Jovem Tom Jobim, tendo escrito para artistas como Richard Bona, Chico Pinheiro, Joyce Moreno e Amilton Godoy.

Um mergulho brasileiro no jazz contemporâneo. DANI & DEBORA GURGEL QUARTETO - ou DDG4 – Debora no piano, Dani Gurgel (voz), Thiago Rabello (bateria) e Sidiel Vieira (baixo) trazem uma mistura de ritmos tradicionais e modernos, harmonias elaboradas e improvisação constante. Uma união inseparável entre a música instrumental e palavras escritas com cuidado, repleto do deleite de sua intimidade musical há muito estabelecida e da serendipidade da interação constante entre eles e com o público.

Dani & Debora lançaram álbum educacional e uma coleção de livros, que inclui transcrições completas de partituras e versões play-along do álbum.

Debora relata que o piano é uma paixão, e como consequência do tocar veio o compor e arranjar, tão fascinantes quanto. Com a mente focada em arranjar, veio a vontade de tocar um timbre que adoro, que é o da flauta. Reconhece que sendo diversificada assim, sobra menos tempo para estudar cada instrumento, mas a visão mais abrangente acaba compensando isso.

Como professora e palestrante ela diz: “Se nós que sabemos um pouquinho mais não passamos esse conhecimento a quem quer aprender, o que será do mundo? Dar aulas e palestras é uma troca maravilhosa. Eu aprendo com os alunos tanto ou mais do que eles aprendem comigo. E não é só uma troca de assuntos “musicais”. É uma troca de experiências de vida”.

Revisão ortográfica: Anne Preste