Panorama da Música Brasileira do século XX

cristovão bastos

Bernadete Siqueira

06.05.2021

O panorama de cristovão bastos

Como o título desta matéria sugere, a palavra panorama é poder se colocar em um ponto central e observar do alto; no caso da música é permitir que ela nos conte a história de um tempo. E através do som podemos reencontrar nossa própria história.

Partindo desse ponto vamos ouvir o que inúmeros talentos da música popular brasileira do século XX nos deixaram tanto para refletirmos como essas músicas foram no passado, como nos emocionam no presente e como iremos deixá-las para gerações futuras.

Sim, para futuras gerações! A música não morre.

Hoje, o Cidadão e Repórter prossegue seu Panorama da Música Brasileira no século XX apresentando Cristovão Bastos, um belíssimo convite para se navegar pelas águas mais profundas da música brasileira.

Cristóvão da Silva Bastos Filho, nascido na cidade do Rio de Janeiro. Estudou teoria musical e acordeom desde cedo, formando-se aos 13 anos, quando iniciou sua carreira, tocando em bailes com a banda de “Creso Augusto”. Sua estreia como pianista foi aos 17 anos, numa boate em Cascadura, subúrbio do Rio de Janeiro.

Foi um dos fundadores da Banda Black Rio, participando de sua primeira formação e do primeiro disco “Maria Fumaça” em 1976. No mesmo ano participou como solista, do disco Memórias Chorando de Paulinho da Viola.

Em seus mais de 50 anos de carreira como compositor, arranjador, pianista, acordeonista e produtor musical, recebeu vários e merecidos prêmios.

Lançou dois discos solo, o primeiro “Avenida Brasil”, em 1997 e o segundo “Gafieira Suburbana”, em 2008, contendo composições autorais.

Foi responsável pela direção e arranjos do show e do CD duplo “Gal Costa canta Tom Jobim”, e teve sua canção “Raios de luz” (c/ Abel Silva) registrada por Barbra Streisand no disco “A Love Like Ours”.

No cinema, participou, como arranjador, das trilhas sonoras compostas por Edu Lobo para os filmes “Boca de ouro” e “Guerra de Canudos”; como instrumentista, da trilha sonora do filme “O homem nu”; e como compositor da música do filme “Mauá, o imperador e o rei”.

Em 2006, compôs a trilha sonora do filme “Zuzu Angel”, de Sérgio Rezende.

Integrando o Quarteto Brasil, ao lado de Borró baixo, Zé Canuto sax e Jurim Moreira Bateria, lançou no mercado europeu, o CD Bossa Nova-Delicado.

Em 2012 é lançado o documentário 'Jards', um filme de Eryk Rocha, sonora de Jards Macalé, direção musical, arranjos e piano de Cristovão.

Em 2017 é lançada a música “Tua cantiga”, de Cristovão Bastos e Chico Buarque, é o primeiro single do novo disco ‘Caravanas’ de Chico Buarque. A primeira parceria dos dois ocorreu há exatos 30 anos, em 1987, com a célebre 'Todo o Sentimento'.

Em julho de 2020, é lançado o disco em duo “Cristovão Bastos e Rogério Caetano”, selo Biscoito Fino. O álbum promove o encontro de dois grandes mestres em seus instrumentos, o piano e o violão 7 cordas, em canções assinadas pelos dois e por outros compositores.

O carioca de Marechal Hermes revelou que tem uma rotina de estudos, que inclui tocar, diariamente, músicas de Ernesto Nazareth e Chopin.


Revisão ortográfica: Anne Preste

Trabalho elaborado pelo músico Chuim (Luiz Carlos de Siqueira), baterista, percussionista, professor, compositor, autor, produtor musical e estudioso da história da música brasileira.

Iniciou sua carreira como músico aos 15 anos e fez parte de vários conjuntos musicais. Estudou música erudita, gravou uma série de programas para Rádio Eldorado e TV Cultura.

Fez temporada nos Estados Unidos, França e Dinamarca. Foi professor na Unicamp-SP, na St. Paul Escola Britânica-SP e St. Francis International College-SP.

Atualmente desenvolve o projeto Samba-Jazz, atua no “Chuim Quarteto” e na “Orquestra Cadência Brasileira”.

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Chuim deixa seus agradecimentos a José Roberto Rocco que fez a edição musical e a Edgard Garcia do Estúdio E que cedeu gentilmente o estúdio para as gravações deste projeto.
Chuim na bateria