Panorama da Música Brasileira do século XX


Radegundis Feitosa Nunes


Bernadete Siqueira

14.10.2021

O panorama de Radegundis Feitosa Nunes

Como o título desta matéria sugere, a palavra panorama é poder se colocar em um ponto central e observar do alto; no caso da música é permitir que ela nos conte a história de um tempo. E através do som podemos reencontrar nossa própria história.

Partindo desse ponto vamos ouvir o que inúmeros talentos da música popular brasileira do século XX nos deixaram tanto para refletirmos como essas músicas foram no passado, como nos emocionam no presente e como iremos deixá-las para gerações futuras.

Sim, para futuras gerações! A música não morre.

Hoje, o Cidadão e Repórter prossegue seu Panorama da Música Brasileira do século XX apresentando Radegundis Feitosa Nunes, que se tornou o primeiro brasileiro doutor em trombone.

E hoje estamos encerrando o Panorama da Música Brasileira do século XX após 59 podcasts com uma parte da excelente safra da música popular brasileira. Agradecemos aos leitores e ao jornal do Cidadão e Repórter pela parceria e apoio, que foram fundamentais para este projeto ser divulgado.

Os retornos das publicações foram ricos, alegres e importantes não somente para nós como saudosistas da música brasileira como para muitos que ouviram pela primeira vez a nossa cultura musical.

Muito obrigado!

Chuim e Bernadete Siqueira

Radegundis era doutor em trombone pela Universidade Católica da América, nos EUA. Presidente e fundador da Associação Brasileira de Trombonistas, este paraibano era considerado um dos maiores trombonistas do mundo.

Quando era estudante em Itaporanga, na Paraíba, iniciou no instrumento na Banda Filarmônica Cônego Manoel Firmino muito famosa na região e em orquestras de carnaval. O rapaz iria longe na carreira de instrumentista.

Mudou-se para João Pessoa para estudar engenharia, mas formou-se em música pela Universidade Federal da Paraíba em 1983, onde ingressaria como professor e também foi chefe do Departamento de Música. Sempre estudando, Radegundis cursou mestrado na Juilliard School em Nova Iorque – EUA (1987), e doutorado na Catholic University of America em Washington – EUA (1991).

Apresentava-se com vários grupos, como o Quinteto Brassil (com dois "esses" mesmo) e o Brazilian Trombone Ensemble, de metais e percussão. Além de ser o primeiro trombonista da Orquestra Sinfônica da Paraíba, atuou regularmente como artista e professor convidado em festivais de música no Brasil, Estados Unidos e Europa.

Fez shows no exterior e gravou discos. Também dirigiu o grupo Paraibones, um conjunto de trombones formado por alunos seus da faculdade. Filho de um construtor que organizava orquestras de carnaval, era de uma família de músicos. Tem um irmão oboísta e outro saxofonista e dois de seus filhos também seguiram na área.

No dia 1º de julho de 2010, viajou para sua cidade natal com mais três músicos. Iria tocar no aniversário de 150 anos da paróquia. Sofre um acidente e morre aos 47 anos.


Revisão ortográfica: Leilaine Nogueira

Trabalho elaborado pelo músico Chuim (Luiz Carlos de Siqueira), baterista, percussionista, professor, compositor, autor, produtor musical e estudioso da história da música brasileira.

Iniciou sua carreira como músico aos 15 anos e fez parte de vários conjuntos musicais. Estudou música erudita, gravou uma série de programas para Rádio Eldorado e TV Cultura.

Fez temporada nos Estados Unidos, França e Dinamarca. Foi professor na Unicamp-SP, na St. Paul Escola Britânica-SP e St. Francis International College-SP.

Atualmente desenvolve o projeto Samba-Jazz, atua no “Chuim Quarteto” e na “Orquestra Cadência Brasileira”.

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Chuim deixa seus agradecimentos a José Roberto Rocco que fez a edição musical e a Edgard Garcia do Estúdio E que cedeu gentilmente o estúdio para as gravações deste projeto