Panorama da Música Brasileira do século XX

Orquestra Jazz Sinfônica

Bernadete Siqueira

19.08.2021

O panorama DA orquestra jazz sinfônica

Como o título desta matéria sugere, a palavra panorama é poder se colocar em um ponto central e observar do alto; no caso da música é permitir que ela nos conte a história de um tempo. E através do som podemos reencontrar nossa própria história.

Partindo desse ponto vamos ouvir o que inúmeros talentos da música popular brasileira do século XX nos deixaram tanto para refletirmos como essas músicas foram no passado, como nos emocionam no presente e como iremos deixá-las para gerações futuras.

Sim, para futuras gerações! A música não morre.

Hoje, o Cidadão e Repórter prossegue seu Panorama da Música Brasileira no século XX apresentando a Orquestra Jazz Sinfônica, conhecida e prestigiada em todo o território nacional e em inúmeros países.

A Orquestra Jazz Sinfônica Brasil foi criada em 1989 a partir de uma ideia original de Arrigo Barnabé, com o apoio do então Secretário de Estado da Cultura do Estado de São Paulo Fernando Morais. Tendo como um de seus fundadores aquele que ainda hoje é considerado um dos principais arranjadores da música popular brasileira: Cyro Pereira (1929–2011), maestro dos Festivais de Música Popular da TV Record na década de 1960. O regente foi o responsável por transformar as melodias populares de compositores brasileiros em arranjos sinfônicos, e contribuiu decisivamente para a formação de uma equipe de arranjadores de excelência. A orquestra une os moldes eruditos a uma big band de jazz, o resultado é uma sonoridade exclusiva, que tem lhe conferido protagonismo na criação de uma nova estética orquestral brasileira através de arranjos contemporâneos e únicos, criados com exclusividade para o grupo. Sua composição é formada por 70 músicos.

O legado de Cyro ainda se faz presente entre os orquestradores da Jazz Sinfônica, que se dedicam, diariamente, à criação de novos arranjos. O grupo produz, em média, 100 partituras por ano. O resultado é um rico acervo, que contempla mais de 2 mil peças.

A história de sucesso da orquestra foi celebrada em 2011, quando foi tema do documentário A Nave – uma viagem com a Jazz Sinfônica de São Paulo. Ainda ligada à sétima arte, a Jazz participou de inúmeros eventos com exibições de filmes, como O Encouraçado Potemkin e Metrópolis, sempre tocando trilhas ao vivo.

Em 2017 a Orquestra Jazz Sinfônica passa a ser administrada pela Fundação Padre Anchieta, adotando o nome-fantasia Jazz Sinfônica-Brasil, que integra a grade da TV Cultura. Em transmissões semanais, a emissora exibe apresentações da orquestra por todo o território brasileiro, sendo algumas delas ao vivo. É, possivelmente, a única orquestra do gênero em todo o mundo a manter-se em plena atividade e se consolidou como uma das mais importantes do mundo.


Revisão ortográfica: Anne Preste

Trabalho elaborado pelo músico Chuim (Luiz Carlos de Siqueira), baterista, percussionista, professor, compositor, autor, produtor musical e estudioso da história da música brasileira.

Iniciou sua carreira como músico aos 15 anos e fez parte de vários conjuntos musicais. Estudou música erudita, gravou uma série de programas para Rádio Eldorado e TV Cultura.

Fez temporada nos Estados Unidos, França e Dinamarca. Foi professor na Unicamp-SP, na St. Paul Escola Britânica-SP e St. Francis International College-SP.

Atualmente desenvolve o projeto Samba-Jazz, atua no “Chuim Quarteto” e na “Orquestra Cadência Brasileira”.

Siga o Chuim nas redes sociais: Site - Youtube - Facebook - Instagram


Chuim deixa seus agradecimentos a José Roberto Rocco que fez a edição musical e a Edgard Garcia do Estúdio E que cedeu gentilmente o estúdio para as gravações deste projeto.