Panorama da Música Brasileira do século XX

Moacir Santos

por Bernadete Siqueira

17.09.2020

O panorama de Moacir Santos

Como o título desta matéria sugere, a palavra panorama é poder se colocar em um ponto central e observar do alto; no caso da música é permitir que ela nos conte a história de um tempo. E através do som podemos reencontrar nossa própria história.

Partindo desse ponto vamos ouvir o que inúmeros talentos da música popular brasileira do século XX nos deixaram tanto para refletirmos como essas músicas foram no passado, como nos emocionam no presente e como iremos deixá-las para gerações futuras.

Sim, para futuras gerações! A música não morre.

Hoje, o Cidadão e Repórter prossegue seu Panorama da Música Brasileira no século XX com Moacir Santos.

O saxofonista, compositor e arranjador Moacir Santos que iniciou sua carreira no sertão pernambucano como integrante de bandas, conhecido pelo seu virtuosismo, dominava o saxofone, o piano, a clarineta, o trompete, o banjo, o violão e a bateria. Iniciou como tocador de clarinete aos 11 anos.

Na década de 1940 mudou-se para o Rio de Janeiro onde foi contratado pela Rádio Nacional e torna-se arranjador da emissora, ao lado de Radamés Gnattali.

Moacir Santos produz obras entre a música popular e a erudita, dominando os diferentes estilos orquestrais nos anos 1940 e 1950, do jazz ao folclorismo sinfônico, passando por ritmos latinos como a rumba e o merengue e por gêneros brasileiros como o samba, a marcha e o choro, desenvolvendo, assim, um estilo eclético.

Em 1967 mudou-se para Los Angeles-EUA quando foi convidado para a estreia mundial do filme Amor no Pacífico do qual havia sido o compositor da trilha sonora. Nas décadas em que viveria nos EUA fez uma carreira dedicada à música com alma brasileira, compondo trilhas para o cinema e ministrando aulas de música.

É tido como um dos maiores mestres da renovação harmônica da música popular brasileira. Foi parceiro de Vinicius de Moraes, e por este foi homenageado na canção "Samba da Bênção", com Baden Powell: "Moacir Santos / tu que não és um só, és tantos / como este meu Brasil de todos os santos".

Trabalho elaborado pelo músico Chuim (Luiz Carlos de Siqueira), baterista, percussionista, professor, compositor, autor, produtor musical e estudioso da história da música brasileira.

Iniciou sua carreira como músico aos 15 anos e fez parte de vários conjuntos musicais. Estudou música erudita, gravou uma série de programas para Rádio Eldorado e TV Cultura.

Fez temporada nos Estados Unidos, França e Dinamarca. Foi professor na Unicamp-SP, na St. Paul Escola Britânica-SP e St. Francis International College-SP.

Atualmente desenvolve o projeto Samba-Jazz, atua no “Chuim Quarteto” e na “Orquestra Cadência Brasileira”.

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Chuim deixa seus agradecimentos a José Roberto Rocco que fez a edição musical e a Edgard Garcia do Estúdio E que cedeu gentilmente o estúdio para as gravações deste projeto.
Revisão: Maitê Ribeiro