Como o título desta matéria sugere, a palavra panorama é poder se colocar em um ponto central e observar do alto; no caso da música é permitir que ela nos conte a história de um tempo. E através do som podemos reencontrar nossa própria história.
Partindo desse ponto vamos ouvir o que inúmeros talentos da música popular brasileira do século XX nos deixaram tanto para refletirmos como essas músicas foram no passado, como nos emocionam no presente e como iremos deixá-las para gerações futuras.
Sim, para futuras gerações! A música não morre.
Hoje, o Cidadão e Repórter prossegue seu Panorama da Música Brasileira no século XX com Dorival Caymmi.
Foi compositor, cantor e pintor inspirado pelos hábitos, costumes e as tradições do povo baiano. Tendo como forte influência a música negra, desenvolveu um estilo pessoal de compor e cantar, demonstrando espontaneidade nos versos, sensualidade e riqueza melódica.
Ainda criança, iniciou sua atividade como músico, ouvindo parentes ao piano. Cantava, ainda menino, em um coro de igreja, como baixo-cantante.
Aprendeu a tocar violão sozinho, desenvolvendo um estilo pessoal; aos 16 anos escreveu sua primeira música, "No Sertão", e aos vinte anos estreou como cantor e violonista em programas da Rádio Clube da Bahia.
Com 22 anos, venceu, como compositor, o concurso de músicas de carnaval com o samba “A Bahia também dá”.
O primeiro grande sucesso foi "O que é que a baiana tem?", cantada por Carmen Miranda em 1939, influenciando assim a música popular dentro do Brasil. Suas letras trazem aspectos da vida baiana desconhecidos em outros lugares do país, como os balangandãs ou os pregões das baianas
Com o aumento do número de boates no final dos anos 1940 e começo dos 1950 a orquestra é substituída pelo quarteto ou apenas por piano ou violão. Caymmi sempre interpreta suas canções acompanhado do violão, dispensando outros instrumentos. A música que o novo ambiente pede é diferente do que se fazia até então. Inicia-se o processo que desemboca na moderna música popular brasileira.
As composições de Caymmi são as mais lembradas sobre a cultura baiana.
Trabalho elaborado pelo músico Chuim (Luiz Carlos de Siqueira), baterista, percussionista, professor, compositor, autor, produtor musical e estudioso da história da música brasileira.
Iniciou sua carreira como músico aos 15 anos e fez parte de vários conjuntos musicais. Estudou música erudita, gravou uma série de programas para Rádio Eldorado e TV Cultura.
Fez temporada nos Estados Unidos, França e Dinamarca. Foi professor na Unicamp-SP, na St. Paul Escola Britânica-SP e St. Francis International College-SP.
Atualmente desenvolve o projeto Samba-Jazz, atua no “Chuim Quarteto” e na “Orquestra Cadência Brasileira”.
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