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ARTES ‣ Música

A música que cura

por João Aranha

07.08.2020 

Os primeiros sons que ouvimos, por volta do quarto mês de gestação, são aqueles provenientes de nossas mães. São os batimentos cardíacos, o ritmo de sua respiração e uma espécie de música, impregnada na sua voz que soa melodiosa. 

Num mundo onde o visual predomina, em detrimento do acústico, a música, por ser uma arte invisível, intangível, tende a ser negligenciada, fazendo-nos esquecer que é ela que fala mais diretamente aos nossos corações e mentes. 

A música não é como a pintura, ela vem de dentro e não de fora. 

Hoje, o que antes eram suposições de lunáticos e charlatões, comprova-se, através de ressonâncias magnéticas funcionais, que a música fortalece a conexão entre as áreas do cérebro que processam uma recompensa positiva, com sensações de prazer, acalmando as pessoas e colaborando para que se tenha uma atenção focada, entre outros inúmeros benefícios. 

A terapia musical e o desenvolvimento dos conhecimentos relativos à neuroplasticidade cerebral já são hoje uma realidade comprovada, mas nem sempre foi assim. 

A criação do método

Um dos pioneiros a ligar a música à capacidade cerebral, tornando-se um eficaz tratamento em diversas anomalias corporais, foi o otorrinolaringologista francês Alfred Tomatis (1920/2001).

Tomatis foi um dos primeiros a apontar os riscos de ruídos excessivos para a saúde. Em suas pesquisas observou que a surdez, quando provocada, tinha ampla relação com o corpo, levando a problemas psicológicos e motores. 

Posteriormente, ao atender cantores de ópera — colegas de seu pai, que também era cantor — que o procuravam para melhor controlar sua voz, Tomatis faria uma importante descoberta, hoje conhecida como a sua primeira lei. 

O médico investiu contra o senso comum de que a laringe seria o órgão fundamental do canto. Para ele, “a voz só pode conter as frequências que o ouvido é capaz de ouvir”, resumindo numa de suas frases que provocava risos e chacotas: “Cantamos com os ouvidos”. 

Dando sequência a seus estudos, o médico inventou um instrumento, que chamou de Ouvido Eletrônico, que consistia num microfone com amplificadores e filtros que bloqueavam ou ampliavam determinadas frequências, escutadas através de um fone de ouvido. 

Alfred Tomatis em seu laboratório

Esta, que é a segunda lei de Tomatis, diz que: “Se dermos ao ouvido comprometido a possibilidade de ouvir corretamente as frequências perdidas ou comprometidas, elas serão imediata e inconscientemente restabelecidas na emissão vocal”; em outras palavras, a escuta “consertada” pode curar a voz. 

A descoberta seguinte, a terceira lei de Tomatis, afirma que o treinamento do ouvido — aqui entendido como um atributo externo do córtex cerebral — pela exposição às frequências adequadas pode ter um efeito permanente na escuta e, portanto, no cérebro. 

O método de Tomatis foi ganhando respeito, o que acabou por levar o médico a uma abadia beneditina situado nos Pirineus franceses, bem perto da fronteira com a Espanha. 

A Abadia de Calcat

Abadia de São Bento em Calcat (França)

Tomatis foi chamado, em 1967, como último recurso, para atender os 70 monges da Abadia D’En Calcat, que sempre estavam ativos e dispostos, mesmo dormindo apenas quatro horas por noite e, na ocasião, se mostravam apáticos e desestimulados, a maioria presos à suas celas, aparentando exaustão e outros preocupantes sintomas. 

Médicos chamados anteriormente, ou diziam que o problema decorria da falta de sono e que os monges deveriam dormir e descansar mais, ou alegavam que era falta de vitaminas provocada pela alimentação vegetariana. Deveriam, portanto, comer carne. 

Nenhuma dessas recomendações funcionou e, pelo contrário, piorava ainda mais a situação. 

Tomatis logo compreendeu que o problema era teológico e não orgânico. 

Tomou conhecimento que a Abadia tinha um novo e exigente abade que, fiel às determinações do Concílio Vaticano II de modernizar as práticas religiosas, havia suspendido a prática dos cantos gregorianos, que ocorriam diariamente das 6 horas às 8 horas da manhã, por acha-la supérflua. 

Seguindo as regras de São Bento, os monges praticavam votos de silêncio e com a ausência dos cantos, deixaram de receber o estímulo da voz humana, tanto de si mesmo como de seus irmãos. Isso, dizia o Dr. Tomatis, é que estava causando a perda de energia e da vontade, alterando a postura e a disposição física. 

O simples retorno da prática do canto gregoriano não ocasionou, no entanto, uma recuperação imediata. Os monges estavam por demais deprimidos, não conseguindo cantar como antes. 

Tomatis começou então a usar sua técnica do Ouvido Eletrônico e paulatinamente a disposição física e a postura dos monges voltaram, permitindo que retornassem ao ritmo acentuado de trabalho a que estavam acostumados. 

Segundo o médico, os monges cantavam para recarregar suas energias, sem que eles tivessem consciência do fato. O canto gregoriano e os sons mântricos, além de energizar, também acalmam o espírito.

Tomatis viria a escolher a música de Mozart, notadamente onde predomina o violino, como sua ajuda terapêutica preferida. 

Quanto à Abadia, a fome que havia não era de comida nem de sono, mas sim de energia sonora. 

O discípulo

Quis o destino que, quando de suas andanças pelos arredores da Abadia, Dr. Tomatis viesse a conhecer um jovem de 18 anos que costumava visitar de bicicleta o mosteiro, situado a 16 quilômetros de sua casa. Ali ele encontrava a paz. 

Mal saberia que iria encontrar muito mais. Paul Madaule havia nascido com um terrível distúrbio de aprendizado, oportunamente diagnosticado como dislexia. Mas não tinha apenas problemas com a leitura, caminhava de forma desengonçada, tinha reduzido senso de orientação espacial e distração, além de falar em tom monótono, que mais se assemelhava a um murmúrio. Com tudo isso, era alvo de constantes zombarias dos colegas, o que o tornava extremamente inseguro. 

Após um longo aprendizado, Paul passou a morar na casa de Tomatis, onde ele tinha também seu escritório. 

Paul, que na infância mal conseguia comunicar-se, formou-se em psicologia na Universidade de Paris e logo estava fazendo conferências em francês e inglês e já estava bem adiantado no espanhol. 

Tornou-se o principal discípulo de Alfred Tomatis, implantando Centros de Escuta em inúmeros países, prestando inestimável assistência nos casos mais desafiadores de desenvolvimento cerebral. 

Paul Madaule e Alfred Tomatis

Abadia de São Bento em Calcat e o canto gregoriano

Conheça a Abadia de São Bento em Calcat com som do canto gregoriano de monges

Coro da Abadia de Notre-Dame de Tamié (Chœur de l'abbaye Notre-Dame de Tamié)

Música: Ó Pai das Luzes (Vésperas)  (Ô Père des lumières (Vêpres))

Para saber mais

O Cérebro que Cura - Norman Doidge - Editora Record 

Site da Abadia de São Bento em Calcat (França)

Revisão: Maitê Ribeiro 

Credibilidade


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